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Elza Soares foi defensora da comunidade LGBTQIA+: "Brigo pelos gays"

A cantora morreu nesta quinta-feira de causas naturais, segundo a assessoria de comunicação da artista.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2022

Elza Soares morreu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos, vítima de causas naturais , o que deixou milhares de fãs órfãos do seu talento ímpar. A notícia da morte da artista caiu como uma bomba no mundo do entretenimento e, principalmente, entre os ativistas da comunidade LGBTQIA+ que sempre receberam o apoio irrestrito da cantora.

Nascida na favela da Moça Bonita, atualmente conhecida como Vila Vintém, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a cantora teve uma vida difícil e foi obrigada a se casar com apenas 13 anos. Em uma entrevista ao extinto "Programa do Porchat", na RecordTV, ela contou um pouco dessa história e reafirmou sua militância em prol da comunidade LGBTQIA+.

"Eu brigo muito pelas mulheres negras e pelos gays. Ninguém tem culpa de ser o que é e por isso eu brigo por eles", disse na entrevista veiculada em outubro de 2018.

Já ao programa "MPB com Tudo Dentro", ela disse que que tinha uma missão de dar apoio às causa menos favorecidas, já que viu a pobreza e o preconceito de perto desde a infância. Na entrevista, ela afirmou que se sente responsável por essas vidas LGBTs e queria sempre aproximá-los com sua música.

“Eu me vejo com uma responsabilidade muito grande e quando a gente se engaja numa missão tem de dar conta do recado! Falo pelas mulheres, pelos negros e pelos gays. Então, a minha missão é muito comprida”, comentou. “Acho que é isso que traz a garotada, a juventude para perto da Elza. Uma Elza sem pudor, que está aberta para os grandes problemas”, completou.

Mesmo com mais de 90 anos de idade, Elza não parava e lançou seu último álbum, "Planeta Fome", há apenas dois anos e não tinha planos de parar de trabalhar. Prova disso era a agenda de shows repleta, com apresentações marcadas de 3 de fevereiro (Casa Natura Musical, em São Paulo) a 28 de agosto (Festival Sarará, em Belo Horizonte).

O último trabalho manteve o tom político e muita militância como outros álbuns e músicas da cantora. Na faixa que fecha o disco, “Não Recomendado”, Elza expõe o horror da perseguição à comunidade LGBT e opina sobre os episódios de censura na Bienal do Livro no Rio e o cancelamento de produções cinematográficas aprovadas pela Ancine.

21-01-2022 às 23:39 Zequinha
Elza Soares uma diva que cantava e encantava
21-01-2022 às 18:41 Rennan
Ela faleceu em paz. Acredito que se fosse para um lugar de suplício, morreria em agonia. Dez minutos antes do último suspiro, ela disse ao esposo da sobrinha: "eles vieram me buscar!" O esposo da sobrinha achou que era algum delírio. Para mim, ela viu o Garrincha junto com o filho dos dois, falecido aos nove anos em um acidente de carro. Falecer no mesmo dia da morte do ex marido 39 anos antes foi um lacre e tanto. O último ato de uma Diva... Descanse em Paz Grandiosa Elza...
21-01-2022 às 13:19 Leonarda
Caraio, falecer com 91 anos é para poucos, muitos nem xega a 50 anos! Meu avo paterno faleceu ano passado com 90 anos, o veio duro muito! E se ela está no ceu ou inferno, só Deus sabe! Boa tarde.