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'Jorge Pra Sempre Verão': Espetáculo conta história de Jorge Laffond

Montagem inédita dirigida por Rodrigo França foi escrita pela prima de Laffond, Aline Mohamad.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 24 de Junho de 2022

"Realizar um teatro de cura". Foi com este intuito que a produtora e autora Aline Mohamad resolveu abrir seus arquivos pessoais mais íntimos para escrever o espetáculo Jorge Pra Sempre Verão , em homenagem ao seu primo, Jorge Laffond (1952-2003), a eterna Vera Verão - personagem queer que ficou famosa durante os anos 1990 no programa A Praça É Nossa, do SBT.

A peça chega aos palcos do Teatro Ipanema , no Rio de Janeiro, no dia 25 de junho, às 20h, e é o resultado do primeiro texto teatral de Aline, desenvolvido em parceria com Diego do Subúrbio. A ideia de montar a peça surgiu após a autora escrever uma carta póstuma a Laffond, em uma tentativa de reconciliação com o primo.

"Depois dos 30 anos algumas coisas foram mudando em mim. Um dia, ao voltar de uma festa onde me vi atraída por uma travesti, escrevi uma carta que nunca seria entregue ao destinatário. Um pedido de desculpas, uma redenção, uma luz nas diversas encruzilhadas que eu tenho com meu primo Jorge Laffond. Muito emocionada, enviei essa carta para alguns amigos e, ao acordar, li as respostas: você tem uma linda peça nas mãos", relembra Aline.

A peça é dirigida por Rodrigo França e encenada pelos atores Alexandre Mitre, Aretha Sadick e Noemia Oliveira, que interpretam, respectivamente, Jorge Laffond, Vera Verão e a prima Aline. O obra retrata uma história fictícia baseada na relação conflituosa da autora com Laffond.

"O processo da escrita do texto veio muito da pesquisa sobre a vida do Jorge, que se encontra na mesma encruzilhada que a minha, e de muitas outras pessoas negras LGBTQIAP+. É lembrar que, apesar de todo o processo de resistência que vivemos perante essa sociedade, não somos regidos somente pela dor. A figura de Jorge Laffond marcou uma geração, nos movendo até aqui. Falar dele é também falar sobre mim", reconhece o co-autor Diego de Subúrbio.

Infância difícil e formação artística

Nascido em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, e criado na Penha, zona norte da capital fluminense, Laffond disse certa vez em uma entrevista que tinha consciência de ser gay desde os seis anos de idade, mas pela homofobia explícita da época, fez de tudo para que seus pais não descobrissem.

Formou-se em teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), além de dança afro e balé clássico - tendo dançado, inclusive, com Mercedes Batista, a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Para Rodrigo França, toda a formação acadêmcia e atuação política e artística de Laffond o fez se tornar um ícone queer brasileiro.

"O movimento LGBTQIAP+ sempre foi encabeçado por pessoas pretas, como Marsha P. Johnson, uma mulher trans negra norte-americana que liderou a Rebelião de Stonewall, em 1969. Jorge Laffond estimulou que muita gente tivesse coragem para externar quem realmente é na vida. Estamos falando de um homem negro retinto, afeminado e com mais de dois metros de altura, vestido de mulher na televisão brasileira”, observa Rodrigo França.

O diretor acredita ainda que em um espetáculo de denúncia como Jorge Pra Sempre Verão, é importante também falar de cura.

"A plateia tem que sair com esperança – o que não significa facilitar para o espectador. Jogamos duro, mas optamos por também mostrar o contraponto da violência. Jorge teve amigos e familiares amorosos, e realizou uma contribuição extraordinária à cultura. Se quem assistir sair tocado pela narrativa que construímos, já me sentirei realizado”, finaliza.

Serviço:

Jorge Pra Sempre Verão
• Temporada: 25 de Junho a 24 de Julho
• Dias da semana: Sexta-feira a Domingo
• Horário: 20h (sextas e sábados) e 19h (domingos)
• Ingressos: Contribuição Voluntária (distribuídos 1h antes na bilheteria do teatro)
• Local: Teatro Ipanema
• Endereço: Rua Prudente de Moraes, 824 – Ipanema
• Informações: (21) 2267-3750
• Classificação Indicativa: 14 anos
• Duração: 60 minutos

24-06-2022 às 22:27 Crente Conservador Bolsonarista
Só vai ter uma apresentação prós familiares e amigos da escritora. Vai ver que não tem público e vai parar. O teatro brasileiro é ruim demais. Eu prefiro assistir televisão
24-06-2022 às 20:13 Mulé ke faz Tapeoka de maxo.
Foi um humorista show/Super engraçado/Até hoje vo no youthubi kkkkkkkkk assistir, é diversão garantida. 1980/1990, foram epocas belissimas em termos de cultura, seja na..........musica/filmes/novelas/guames, foi uma epoca digamos......DE OURO, ke infelizmente, nunca mais vai voltar. Hoje em dia, estamos pobres de tudo, culturamente falando, um mar de horrores/bosta, infelizmente! Hojem tem tvs de 50/60, ate 100 polegadas, verdadira tela de cinema. Resoluções 4k, ate mermo 8k. Som dolby isso e aquilo, som surrado 10.1 e la vai caralhada.......Mas, de que adianta tanta tecnologia, se o conteudo é pobre/bosta/horrivi rsrsrs/de 5 catiguria? De nada vale, fato. Antigamente, custava lançar um filme, e quase sempre era um filmaço. Hoje é um atras do outro, com historias/roteiros pobres sem razao de existir kkkkkkkk, caprixam no som e imagem, mais o conteudo é uma BOSTA! Sobre os comediantes atuais, raros são que tem graça, raros. Em fim.......Esse é o meu pensamento.......Boa noite.