por Redação MundoMais
Segunda-feira, 18 de Julho de 2022
José Tiago Correia Soroka, conhecido como serial killer de homossexuais, foi condenado a 104 anos, quatro meses e seis dias de prisão por latrocínio, roubo agravado e extorsão, nesta sexta-feira (8). A decisão é da juíza Cristine Lopes, da 12ª Vara Criminal de Curitiba (PR).
Soroka está preso desde o dia 29 de maio de 2021, depois de confessar ter roubado e matado três pessoas.
A defesa do réu, realizada pelos advogados Piero Madalozzo e Rodrigo Riquelme Macedo, afirma que irá recorrer da decisão, pois entendeu que seu cliente deve ser julgado por homicídio, e não latrocínio.
"Todas as provas produzidas durante o processo foram suficientes para demonstrar que o acusado não teve intenção de roubar as vítimas e já ingressou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná para que seja revista a decisão de primeiro grau esperando que o caso seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri", diz a nota da defesa.
Em seu depoimento no ano passado, Soroka confessou os três assassinatos pelos quais era investigado. Ele afirmou também que antes havia cometido outros crimes, como roubos, mas negou ter matado outras pessoas.
Segundo ele, as vítimas nem sempre eram homossexuais, mas não quis dar mais detalhes sobre os crimes.
De acordo com a investigação, ele usava aplicativos de encontros para ser chamado para a casa das vítimas. No local, ele estrangulava os homens e roubava pertences das vítimas.
A polícia afirma que identificaram uma motivação por ódio nos crimes e que o Soroka pretendia fazer uma vítima por semana.
Após ser identificado e passar a ser buscado pela polícia, o suspeito afirma que não conseguiu mais atrair vítimas pelo aplicativo. Em uma conversa, chegou a contar que era o serial killer que aparecia na televisão.
A polícia acredita que entre dez e vinte pessoas tenham sido roubadas pelo homem.