Ser LGBTQIA+ não é mais doença no Vietnã

Em uma decisão histórica, o Ministério da Saúde do Vietnã declarou que a orientação sexual da pessoa, seja bissexual, homossexual ou transgênero não deve ser considerado uma doença. Essa decisão é considerada histórica e também vista como uma "enorme mudança de paradigma" nas ações do governo, além de uma revolução nas políticas do país.

Enviado aos departamentos de saúde provinciais e municipais no início do mês de agosto, o anúncio diz que os médicos não devem interferir nem forçar o tratamento em pacientes LGBTQIA+ e a comunidade deve ser tratada com respeito e sem discriminação.

Kyle Knight, pesquisador da Human Rights Watch, organização internacional que defende e realiza pesquisas sobre direitos humanos, disse ao jornal britânico "The Guardian" que, por ter sido anunciada pelo Ministério da Saúde do país, a declaração pode gerar um enorme impacto nas percepções das pessoas em relação à comunidade LGBTQIA+.

"O mito de que a homossexualidade é diagnosticável tem permeado e permeado a sociedade vietnamita. É um fator subjacente à negligência médica contra jovens que se identificam com a sigla", disse Kyle.