por Redação MundoMais
Quarta-feira, 31 de Agosto de 2022
Uma mulher transexual foi presa nesta segunda-feira (29) suspeita de matar uma amiga, assumir sua identidade e movimentar o dinheiro da vítima em transações que chegam a quase R$ 1 milhão. O caso aconteceu em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo e a prisão foi executada pela Polícia Civil.
De acordo com os investigadores, Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, usou a identidade ainda não alterada de Marcelo do Lago Limeira por mais de um ano, enquanto se aproveitava de seu patrimônio.
Maryana, que trabalha como cantora e maquiadora, teria conhecido a vítima em festas. Segundo reportagem do jornal "SPTV" da TV Globo, a amiga morava sozinha e havia iniciado o processo de transição de gênero para ser reconhecida como mulher.
A vítima, que tinha alguns imóveis alugados em seu nome, havia passado por uma cirurgia no rosto em maio do ano passado e foi vista entrando em casa pela última vez após a realização deste procedimento estético. A partir daquele momento, Maryana passou a morar em sua residência.
Segundo a polícia, Maryana matou a amiga com doses excessivas de remédios com o plano de assumir sua identidade e seus bens.
Participação de comparsa
A suspeita teria recebido a ajuda de Ronaldo Bertolini para se livrar do corpo. Para isso, a dupla alugou uma chácara em Campo Limpo Paulista, no interior do Estado, e o queimaram.
Eles chegaram a tentar enterrar os ossos, mas acabaram abandonando os restos mortais da vítima na Estrada Edgar Máximo Zambotto, que liga a Grande São Paulo ao município de Jundiaí.
A partir de então, Maryana voltou ao ABC e, enganando funcionários do cartório, tomou a identidade legal de Marcelo.
Entre os crimes que envolvem as posses da vítima, a Polícia Civil apurou que Maryana começou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas da vítima, a mesada que a tia dava a ela todos os meses e ainda o valor pela venda de seu carro.
“O escrevente narra que uma pessoa do sexo feminino se apresentou no cartório com os documentos originais, todos de Marcelo do Lago Limeira . E quando questionado a respeito da divergência dos documentos masculinos e de uma pessoa feminina, a pessoa explicou que ela havia feito uma transição de gênero e não tinha mudado os documentos ainda. Mas que na verdade se tratava do próprio Marcelo”, explicou o delegado Cristiano Luiz Sacrini Ferreira.