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‘Ninguém usa a piscina em maio’: livro aborda traições no mundo gay

O autor Marcos Morelli faz imersão nas águas turbulentas das traições e mentiras em seu novo romance, lançado pela editora Patuá.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 16 de Janeiro de 2024

O escritor e jornalista Marcos Morelli retorna ao cenário literário com seu mais recente romance, “Ninguém usa a piscina em maio”, um livro que promete agitar o debate sobre as dinâmicas de relacionamento na comunidade gay. Lançado durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de 2023, este livro representa uma imersão nas águas turbulentas das traições e mentiras, características que muitas vezes permeiam os relacionamentos humanos.

Morelli, conhecido por sua habilidade em abordar temas sensíveis com um olhar aguçado, mais uma vez leva seus leitores a uma jornada de autoconhecimento e reflexão. Em “Ninguém usa a piscina em maio”, o leitor é guiado por uma série de e-mails enviados pelo narrador, que permanece anônimo, ao seu marido, identificado apenas como G. O livro se desenvolve em torno das consequências emocionais após o narrador descobrir os casos extraconjugais de G, explorando as nuances de vulnerabilidade, confiança e a complexidade das relações amorosas.

“Eu pensei em quais perguntas uma pessoa traída faria e fui desenvolvendo o livro a partir dessas questões perturbadoras, que convidam o leitor para uma reflexão muito profunda e ácida do quanto nós somos, sim, vulneráveis e do quanto as atitudes alheias nos impactam. Não importa se estamos falando de um relacionamento aberto ou fechado”, explica o autor.

A narrativa, rica em detalhes emocionais e psicológicos, não poupa o leitor de questionamentos profundos. Morelli utiliza uma abordagem inovadora ao evitar descrições físicas detalhadas dos personagens, permitindo que a imaginação do leitor crie suas próprias imagens, intensificando a experiência da leitura. O autor narra uma história crua e intensa, cheia de contradições humanas, amor e ódio, verdades e mentiras, revelando a fragilidade das relações humanas sob a perspectiva de um personagem profundamente perturbado.

Com um histórico literário já reconhecido, Marcos Morelli estabelece-se novamente como uma voz influente na literatura LGBT+, desafiando os estereótipos e explorando os aspectos menos discutidos das relações gay. Seu livro, disponível no site da Editora Patuá, promete ser uma leitura envolvente e provocativa, trazendo à tona as reflexões acerca das dinâmicas complexas e muitas vezes dolorosas dos relacionamentos.

Além do impacto literário, “Ninguém usa a piscina em maio” também se destaca por sua trilha sonora emocional, com referências às canções do Radiohead, que adicionam uma camada adicional de profundidade e atmosfera ao romance. A obra se mantém fiel ao estilo característico de Morelli, combinando uma narrativa envolvente com um olhar crítico sobre as relações humanas, especialmente no contexto gay.

“Eu idealizei um personagem perturbado, dúbio, que ama e odeia, que mente e pede verdades, exigindo explicações. O retorno do público tem sido positivo. As pessoas conseguem enxergar nesse narrador, que não para de escrever e-mails e pedir respostas, uma pessoa que expõe a dor e apenas no final, na última página, vê a luz, uma saída”, adianta Morelli.

Este lançamento não apenas consolida a posição de Marcos Morelli como um autor essencial na literatura gay contemporânea, mas também contribui para uma maior compreensão das complexidades emocionais e sociais presentes nas relações amorosas da comunidade LGBT+.

Disponível em Editora Patuá.

17-01-2024 às 10:53 @
Ta.
17-01-2024 às 09:43 Luli
Fidelidade no mundo gay é ilusão. Não existe.
17-01-2024 às 00:32 ^^
Se foi algo que o Isolamento Social trouxe foi a questão do porque o Home Office, mesmo quando o casal trabalhava em locais diferentes, provocou o chamado Divórcio Direto incluindo a chamada de vídeo com o Cartório! Já o presencial no local de trabalho, colegas fazendo happy hour! E maridos colegas, com quem fiquei (separadamente claro) relatavam falta de diálogo hetero na "hora h"! Comigo a ereção era reciproca e a transa,intensa!
16-01-2024 às 23:52 Zequinha
fidelidade, exclusivismos difícil entre os seres humanos seja em relacionamento hetero ou homo