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Filme que narra história de traficante gay na China rural estreia no Brasil em fevereiro

No longa Moneyboys, Fei (Kai Ko) sustenta sua família como traficante, porém tudo muda quando percebe que eles aceitam o seu dinheiro, mas não a sua homossexualidade.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 30 de Janeiro de 2024

“Moneyboys”, filme que desembarca nos cinemas brasileiros em 8 de fevereiro, traz a marcante estreia de C.B. Yi como cineasta. Nascido na China e criado na Áustria, onde posteriormente estudou na Academia Vienense de Cinema, Yi traz uma narrativa envolvente e contemporânea em sua obra inaugural.

“O filme aborda um problema muito específico, a migração de um jovem da China rural, mas para mim é uma história universal sobre relacionamentos interpessoais que poderiam acontecer em muitos lugares ao redor do mundo”, explica ele, em comunicado de imprensa.

Trazer a história de Fei (Kai Ko) para a China rural era uma necessidade, pois o diretor, que também assina o roteiro do filme, não conseguia imaginar situar na Europa as situações retratadas ali: “Lidar com o cenário da terra natal me deu confiança e segurança no meu trabalho, pois sinto uma conexão especial com as pessoas, suas peculiaridades e conflitos. Acredito também que seja importante lidar pelo menos uma vez com as origens de uma carreira artística.”

A trama, que teve sua estreia mundial na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, segue Fei (Kai Ko), que sustenta sua família como traficante. No entanto, tudo muda quando ele percebe que, embora aceitem seu dinheiro, sua família não aceita sua homossexualidade. Envolvido em um relacionamento com Long (Yufan Bai), Fei acredita que as coisas podem melhorar, mas o reencontro com um antigo amor, Xiaolai (J.C. Lin), abala as certezas do protagonista.

“Abandonar o passado ou viver com ele é um dos assuntos principais de ‘Moneyboys’. Mas eu sempre elaboro as histórias com vários temas em mente. É, por exemplo, também sobre encontrar coragem para ser feliz. Ou você nem sempre está fazendo um favor ao outro e a si mesmo quando você se sacrifica por eles. Estes são temas que quero abordar em meus filmes e roteiros: até que ponto posso estar lá para os outros sem me machucar? Até que ponto preciso me preocupar comigo primeiro para poder fazer o bem aos outros?”, reflete Yi.

30-01-2024 às 19:27 Susy
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