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Paciente curado do HIV fala sobre vida após tratamento raro: ‘Me sinto maravilhoso’

O tratamento foi viável porque Paul estava enfrentando outra grave condição de saúde: leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer sanguíneo.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 05 de Abril de 2024

Nas últimas quatro décadas, a ciência fez avanços no combate ao HIV. Por um lado, desenvolveram-se testes confiáveis e rápidos. De outro, tratamentos vem sendo testados e aplicados contra a Aids.

Conforme divulgado pelo City of Hope, um dos principais centros de tratamento do câncer do mundo, localizado em Los Angeles, EUA, um pequeno grupo de pessoas alcançou uma remissão total, algo próximo da cura, em relação ao vírus.

Entre esses casos está o de Paul Edmonds, um norte-americano de 68 anos, que passou por um complexo transplante de células-tronco de um doador com uma mutação resistente ao HIV. Transplantado há cinco anos, ele está há três sem fazer uso dos medicamentos antirretrovirais. Após completar cinco anos, poderá ser considerado totalmente curado do vírus, que até agora não apresenta qualquer sinal de retorno em seu organismo. “Estou me sentindo maravilhoso. Já se passaram cinco anos desde o transplante, estou ótimo. Consideram-me curado da leucemia e o HIV está em remissão. Está tudo bem”, relata Edmonds, em entrevista ao jornal O Globo.

O tratamento foi viável porque Paul estava enfrentando outra grave condição de saúde: leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer sanguíneo. Agora recuperado de ambas as doenças, o artista plástico deseja compartilhar sua história de esperança com o mundo.

No entanto, ainda há cuidados médicos regulares em sua rotina. “Continuo sendo acompanhado regularmente. No início, fazia exames todas as semanas. Depois, a frequência diminuiu para uma vez a cada duas semanas, depois a cada três semanas, e agora é uma vez a cada seis meses. Espero que em breve seja apenas uma vez por ano. Apesar disso, ainda tenho que viajar cerca de duas horas para o hospital para consultar o médico. Não é tão simples.”

Diante desta cura, Edmonds planeja seguir com sua vida divulgando a sua história. “Seguirei pintando quadros e conversando em conferências sobre HIV. Há algumas semanas estive na Universidade da Califórnia, em San Diego, com uns 300 estudantes e eles ficaram muito entusiasmados em conversar comigo, passaram umas duas horas fazendo perguntas”, detalha.