Thammy Miranda afirma que sua carreira política não se limita a militância

Recentemente, Thammy Miranda, vereador por São Paulo e conhecido ativista LGBT+, participou do podcast Flow e fez declarações surpreendentes que viralizaram na comunidade e mídia.

O filho de Gretchen expressou que nem se recorda de sua identidade antes da transição de gênero realizada em 2014. “Não me lembro que sou um homem trans. É péssimo eu falar isso, porque a militância vai cair de pau em cima de mim agora mais do que nunca. Mas estou sendo sincero, abrindo o meu coração: eu não me lembro, mas sei da representatividade que eu tenho”, revelou ele.

Foco na competência política

Thammy continuou esclarecendo seu foco atual nas responsabilidades como vereador: “Não me lembro, porque isso para mim, pouco importa. O que importa são as coisas que eu estou fazendo como vereador, se eu estou fazendo um bom trabalho, se estou atendendo às demandas que chegam para mim, se estou atendendo a população como todo.” Ele enfatizou que sua prioridade é a competência e a eficácia no cargo, não sua identidade pessoal.

Mais além da militância

A reação à suas palavras não foi totalmente positiva. Thammy destacou o descontentamento de alguns setores da militância LGBT+, que esperavam dele uma postura de bandeira constante. “A militância ficou muito p#@&*¨comigo, mas eu quero ser reconhecido pela minha competência. Algum vereador fala: ‘eu sou um homem cis, hétero?’ Eu seria muito infeliz se eu não pudesse ser do jeito que eu sou hoje. Eu era tão infeliz”, disse ele, refletindo sobre sua trajetória pessoal e pública.

Thammy Miranda, em suas recentes declarações, reitera um dilema enfrentado por muitos políticos provenientes de grupos minoritários: a expectativa de representar continuamente suas comunidades versus o desejo de ser julgado por sua performance e contribuições independente de sua identidade de gênero.