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Filme brasileiro vence Leão Queer no Festival de Veneza

Documentário "Alma do Deserto" é a primeira produção nacional premiada no festival por conta de temática LGBT+.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024

O documentário "Alma do Deserto", de Mônica Taboada-Tapia, foi premiado nesta sexta (6/9) com o Leão Queer no 81º  Festival de Cinema de Veneza. Exibido na mostra Jornada dos Autores (Giornate degli Autori), o longa se tornou a primeira produção brasileira a conquistar o prêmio, que destaca o melhor título com temática LGBT+ no festival. Coprodução entre Brasil e Colômbia, "Alma do Deserto" chega aos cinemas brasileiros ainda este ano.

Enredo e temas abordados

"Alma do Deserto" narra a trajetória de Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu, que enfrenta desafios para ter sua identidade reconhecida após perder seus documentos em um incêndio criminoso provocado por vizinhos intolerantes. A trama explora questões de gênero, etnia e resiliência, enquanto Georgina luta para recuperar seus direitos civis.

"A força motriz e o coração de 'Alma do Deserto' é a história de Georgina Epiayú, cuja vida real foi a semente de uma jornada cinematográfica de oito anos. Não é apenas uma história inspiradora e esperançosa para a comunidade LGBT+, mas também nos ajudou a mergulhar no âmago de uma parte da comunidade Wayúu que a Colômbia desconhece", explicou a diretora Mônica Taboada-Tapia.

A International Cinephile Society classificou o filme como "um documentário poderoso, comovente e cativante… um dos filmes mais marcantes sobre a identidade queer dos últimos anos".

Celebração da diretora

A diretora ressaltou a importância do prêmio para aumentar a visibilidade da obra: "Ganhar o Leão Queer nos dá uma visibilidade que pode ajudar a gerar mudanças positivas nas crenças de muitas pessoas de diferentes públicos, também por meio da conexão emocional, e isso é uma grande oportunidade."

"Alma do Deserto" foi a segunda produção brasileira premiada na Jornada dos Autores, que consagrou "Manas", estreia da documentarista Marianna Brennand Fortes como diretora de ficção, com o GDA Director's Award, grande prêmio da mostra paralela do  Festival de Veneza.

11-09-2024 às 16:34 @
Tá.