por Redação MundoMais
Quarta-feira, 30 de Abril de 2025
Durante entrevista ao programa Canal Livre, exibido pela Band, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou acreditar que o Brasil está preparado para receber uma candidatura à Presidência da República oriunda da comunidade LGBT+. Leite, que é abertamente gay e está em seu segundo mandato, avaliou que a diversidade tem ganhado espaço no cenário político brasileiro.
“Por que não? O Rio Grande do Sul é um estado tido como conservador, mas eu contesto isso. Já teve mulher governadora, negro governador, e o primeiro governador reeleito na história do estado é assumidamente gay. Está muito claro para a população – para o público LGBT e para quem não é deste público – que trabalhamos a política da inclusão, da diversidade, de uma forma clara e objetiva. Eu tenho muito orgulho de defender essa bandeira, mas estou aqui defendendo cada uma das causas: segurança, família, escola, área social, saúde”, declarou.
O governador reforçou que sua orientação sexual nunca foi impedimento em sua trajetória política. “Isso não foi problema no Rio Grande do Sul. As pessoas podem me analisar e acompanhar minha trajetória pelo que fui capaz de fazer na política. O que eu sou, na minha orientação sexual, não interfere em absolutamente nada”, completou.
Ao comentar sobre o ambiente social e político do país, Leite destacou que a intolerância, apesar de presente, não reflete a totalidade da população brasileira. “Haverá sempre aqueles que vão ter preconceito, mas a maior parte da população brasileira não é aquilo que vemos nas redes sociais, da intolerância, da briga, da guerra, da disseminação do ódio. É um povo pacífico que deseja uma vida melhor”, afirmou.
Questionado sobre uma possível candidatura presidencial em 2026, Leite confirmou ter aspirações, mas ponderou que a decisão depende de fatores partidários e da construção de um projeto coletivo. “Posso afirmar que quero muito ajudar meu país a enfrentar a polarização e, sim, me disponho a liderar um projeto – ou seja, ser, sim, candidato. Mas uma candidatura presidencial não é uma vontade individual ou feita por aspiração pessoal, tem que mobilizar um grupo. Para onde eu for, ou permanecer, será com intuito de construir um projeto e ser candidato à presidência. Mas não coloco minha aspiração pessoal acima de um projeto de país”, concluiu.