ASSINE JÁ ENTRAR

Lucas Drummond protagoniza romance rural entre homens no longa ‘Apenas coisas boas’

Filme de Daniel Nolasco estreia em Guadalajara e percorre festivais nos EUA e Brasil.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 10 de Junho de 2025

O ator Lucas Drummond estreia seu primeiro papel como protagonista no cinema em “Apenas coisas boas” (Only Good Things), filme dirigido por Daniel Nolasco que inicia seu circuito em festivais internacionais em junho. A estreia oficial ocorre no dia 11, no Festival Internacional de Cinema em Guadalajara, no México, considerado o maior da América Latina. No Brasil, o longa será exibido no dia 17 durante o Olhar de Cinema, em Curitiba, e chega aos Estados Unidos no dia 27, com sessão no Frameline, em São Francisco.

Gravado em 2024, “Apenas coisas boas” se passa em Catalão, interior de Goiás, no ano de 1984. A trama acompanha Antônio, interpretado por Drummond, um homem que vive isolado numa pequena fazenda. Sua rotina solitária é interrompida quando ele encontra Marcelo, um motoqueiro que sofre um acidente na estrada. Antônio decide ajudá-lo, e a convivência entre os dois desperta um sentimento que transforma suas vidas.

“Antônio é um caubói do interior de Goiás. O típico matuto: um homem do campo, rústico, introspectivo e sem muito traquejo social. Vive isolado em uma fazenda, onde suas únicas companhias são os animais, que ele cria como se fossem família, já que a relação com seu pai e único familiar vivo é bastante complicada. Talvez ele nunca tenha vivido um romance. Isso muda quando ele encontra o Marcelo na estrada, e os dois acabam se apaixonando”, afirma Drummond.

O elenco também conta com Liev Carlos como Marcelo, Norval Berbari como Tavares, pai de Antônio, e Guilherme Théo como Samuel, capanga de Tavares. O filme apresenta ainda uma segunda fase, 40 anos após os acontecimentos iniciais. Nesta etapa, Fernando Libonati assume o papel de Antônio mais velho, ao lado de Renata Carvalho e Igor Leoni.

“O primeiro longa-metragem como protagonista é sempre um momento importante na carreira de um ator. Estou ansioso para finalmente poder compartilhar este trabalho, do qual tenho tanto orgulho, com o público. E feliz com a estreia em um festival tão importante como Guadalajara. Estrear em um festival de prestígio é sempre bom para a carreira de um filme!”, comenta Drummond, que acompanhará a estreia ao lado de Nolasco.

Com paisagens rurais e atmosfera densa, o longa explora o amor romântico entre dois homens no interior do Brasil durante os anos 1980 e suas consequências décadas depois. Daniel Nolasco, cuja carreira é marcada por narrativas LGBT+ ambientadas no centro-oeste brasileiro, dirige a produção.

“O Daniel é um dos grandes nomes do cinema queer brasileiro, na minha opinião. Então, trabalhar com ele já era um desejo meu. Por isso, fiquei muito empolgado quando ele me convidou para o filme. A filmografia dele traz personagens LGBT+ complexos, inseridos em um contexto muito particular do centro-oeste brasileiro, que é muito diferente do meu universo, totalmente urbano. Foi isso que mais me encantou nesse projeto: a chance de fazer um papel diferente de mim e que, por acaso, tem em comum comigo a sexualidade. E a experiência foi incrível. Além de muito sensível, o Daniel é um diretor muito parceiro, que sabe o que quer, mas também ouve os atores. Tenho certeza de que esse será o primeiro de muitos trabalhos juntos”, declara o ator.

Além do longa, Lucas Drummond integra o elenco de dois curtas previstos para o segundo semestre de 2025: “Nesta data querida” e “O motorista”, ambos dirigidos por André Leão. No primeiro, um musical com linguagem pop, interpreta João, melhor amigo do protagonista André, vivido por Vitor Rocha. No segundo, dá vida a Vitor, passageiro envolvido num suspense policial dentro de um carro de aplicativo.

Na televisão, Drummond participa da minissérie Máscaras de oxigênio (não) cairão automaticamente, da HBO Max. A produção aborda a história real de um grupo de comissários de bordo que, nos anos 1990, traficava o antirretroviral AZT para o Brasil, período em que o medicamento ainda não era produzido no país. Ele interpreta Wes, um dermatologista norte-americano que mantém uma relação com o personagem de Johnny Massaro.

“É um projeto que retrata um capítulo muito importante da nossa história e ainda muito pouco explorado na dramaturgia brasileira, porque o HIV ainda é motivo de muito estigma e preconceito na nossa sociedade. Apesar de não ter cura, o HIV tem tratamento e a gente precisa falar sobre isso. Foi um projeto que me desafiou porque, como as minhas cenas se passam todas nos Estados Unidos e o personagem é norte-americano, os diálogos são todos em inglês”, explica.

No teatro, Lucas Drummond prepara o espetáculo “O Formigueiro” para o segundo semestre de 2025. A peça retrata o reencontro de três irmãos diante do agravamento do quadro de Alzheimer da mãe. Além de atuar, Drummond é também idealizador e produtor da montagem.

“Três anos atrás, Thiago Marinho, autor e diretor do espetáculo, e que escreveu ‘O Pescador e a Estrela’ junto comigo, me apresentou esse texto que ele havia escrito a partir da sua experiência com a avó, que teve Alzheimer por 10 anos. O projeto surgiu do desejo de falar como a convivência com uma doença sem cura pode transformar completamente a dinâmica de uma família. A peça, além de promover a conscientização sobre uma das principais doenças da contemporaneidade, é o equilíbrio perfeito entre comédia e drama, em uma obra extremamente popular. O tipo de espetáculo que eu gosto”, conclui.

11-06-2025 às 11:37 Homi Rebórni
Tenhu tesão em maxos rurais!!! Uma neca toda suada con cheiro de homi. Que diliça!!!