por Redação MundoMais
Terça-feira, 09 de Setembro de 2025
O cantor Silva se assumiu gay durante apresentação no Festival Vibrar, em Brasília, no domingo (7). O artista fez um discurso no palco em que falou da sexualidade, criticou a indústria musical e atacou figuras conhecidas da cultura e da política. O vídeo do momento viralizou nas redes sociais.
Conhecem? O cantor Silva criticou Paula Lavigne, esposa e empresária de Caetano Veloso, Luísa Sonza, Virginia, Bolsonaro e a empresa Mynd em seu último show. pic.twitter.com/KY5uadymuo
— TrackChart (@trackchartt) September 8, 2025
As imagens ganharam repercussão após fãs divulgarem trechos da fala do cantor, que é ex-namorado de Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo. No registro, ele afirma que a sua trajetória foi independente e denuncia dificuldades para se manter no mercado artístico sem apoio de grandes nomes ou incentivos públicos.
“Sou gay. Não sou bi, não, porque a galera fala que é bi. Sou gay, sou gay. Tenho 37 anos, vivi pra carlh*. Sou filho de professora. Não tenho Paula Lavigne nas minhas costas. Não tenho ‘Tia Paula’. Não tenho ninguém. Não tenho nem Lei Rouanet nessa porra que eu faço”, declarou Silva diante do público.
Na sequência, o cantor defendeu a valorização da música feita com seriedade. “ Mas assim, Bolsonaro não dá, galera. Vamos construir o Brasil com música, com gente talentosa. Mynd, vai se fudr. Luísa Sonza, vai se fudr, tá ligado? Música virou publicidade. Vamos fazer música séria nesse país. Estamos no país de Gal Costa, João Donato, Tom Zé. ‘Favela venceu’ é o caralh*. ”
Silva também criticou Virgínia Fonseca por promover apostas on-line. “ Vai se fuder, Virgínia, também, caralho. Garota escrota. A garota era pobre e ficou rica. E agora faz os pobres perderem o dinheiro que nem têm. ”
Outro alvo foi a apresentador Serginho Groisman , que segundo o músico nunca o convida para apresentar composições próprias.
“Serginho Groisman continua me chamando só para cantar os outros. Nunca me chama para cantar minha música. E assim, não vou. Já deu. Já deu .”
Ele ainda rejeitou o rótulo de cantor limitado a um gênero específico.
“ Eu não vou ficar aqui tipo: ‘Ah, sou um cantorzinho de MPB que faz músicas para vocês ouvirem na Bahia’. Não vou fazer, não. ”
No encerramento da apresentação, Silva puxou o coro político que se tornou marca em festivais desde 2023. Diante do público, gritou: “ Sem anistia.”