Justiça condena ex-mulher e mãe por perseguição LGBTfóbica

A Justiça de São Paulo condenou uma mulher e a sua mãe a pagar R$ 14 mil em indenização por danos morais por perseguição e ofensas homofóbicas contra o ex-marido e seu atual companheiro.

A decisão foi proferida em 15 de setembro de 2025 e envolveu o médico Danilo Borges Soares e o cirurgião-dentista Lincoln Franco Ribeiro, que foram as vítimas do caso.

O juiz Anderson Valente, da 8ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), condenou as mulheres com base na violência investigação e depoimentos colhidos. Segundo o documento, depois da separação do casal, mãe e filha — ex-esposa e a sogra — passaram a ofender o médico Danilo Borges Soares e o cirurgião-dentista Lincoln Franco Ribeiro, com quem ele passou a se relacionar após o relacionamento com a ex-mulher.

A defesa das mulheres nega a acusação e diz que a mulher foi traída e abandonada em meio a um tratamento de câncer.

Para a advogada Silvana Silveira, mesmo que o médico tivesse feito o que a defesa das mulheres alegam, só seria possível considerar imoral, já que a prática não se enquadra em nenhum crime. Já elas, de fato, cometeram crime contra a honra e dignidade dos dois, além da perseguição. “Moralmente o que o marido fez é lamentável, porém, isso não justifica o cometimento de crimes pelas mulheres contra eles”, afirmou em entrevista.