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Padre leiloa cueca usada por R$ 3.000 durante festa religiosa no TO

Cena gerou polêmica nas redes e provocou debate sobre postura de líderes religiosos.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025

Uma cena registrada em vídeo durante um festejo católico em Alvorada, no interior do Tocantins, viralizou e provocou uma onda de críticas nas redes sociais. O motivo: o padre Thiago Zanardi aparece sobre uma cadeira, puxando o cós da própria cueca, enquanto ela é leiloada em um evento promovido pela Paróquia São Francisco de Assis. O item foi arrematado por R$ 3 mil.

A gravação, que circula desde o fim de semana, mostra o religioso animando o público presente enquanto o lance da cueca sobe, até ser finalizado. No vídeo, ele afirma: “O padre já tinha perdido o chapéu, o cinto, a botina e alguém brinca: ‘agora é a cueca do padre, né?’ Quando eu me dei conta, estavam leiloando e já estavam em R$ 1.500, eu falei: ‘por R$ 1.500 eu não vendo, não’. Subi numa cadeira, mostrei o cós da cueca. Não tirei, é claro, né?” Assista ao momento:

Nas redes, o episódio foi interpretado como incompatível com a liturgia católica e com o papel de liderança espiritual que se espera de um sacerdote. Houve quem considerasse o gesto ofensivo à fé e aos símbolos religiosos, mesmo que realizado fora do ambiente litúrgico.

Durante a missa do domingo seguinte, o padre reagiu à repercussão com ironia e tentou relativizar o ocorrido: “Dentro deste valor, estão aqueles R$ 3 mil polêmicos da cueca do padre, né? Sabem dessa história?” Ele também afirmou que a gravação teria sido enviada à imprensa por uma funcionária do local onde ocorreu o evento.

Em sua explicação, o padre disse que tudo não passou de “uma brincadeira entre os paroquianos” e que não houve intenção de escândalo. Segundo ele, “a única pessoa para quem devo satisfação é o bispo da minha diocese, que não me penalizou.”

Até agora, não há nota pública emitida pela diocese ou pela própria paróquia. Apesar de não ter sido uma celebração litúrgica, a associação entre evento religioso, arrecadação de fundos e oferta de peça íntima levantou questionamentos sobre os limites éticos de certas práticas em nome do engajamento comunitário.