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TJ atende pedido de OAB e derruba lei que proibia crianças em parada do orgulho LGBT

Decisão monocrática de desembargador suspende efeitos da lei de Londrina (PR) que proíbe a participação de crianças e adolescentes em parada LGBT.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025

Em uma decisão monocrática de caráter urgente, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) suspendeu a eficácia de uma lei municipal de Londrina (PR) que proibia a participação de crianças e adolescentes em eventos como a Parada do Orgulho LGBT+. Na cidade paranaense, o evento está marcado para o próximo dia 30.

A medida cautelar, concedida pelo desembargador Cláudio Smirne Diniz, atendeu a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil – seção do Paraná (OAB-PR). A Lei Municipal nº 13.816, promulgada em 5 de julho de 2024, dispunha sobre a proibição da presença de menores, permitindo-a apenas mediante expressa autorização judicial.

O texto previa sanções para o descumprimento, estabelecendo multas de até R$ 10 mil por hora de “indevida exposição da criança ou do adolescente ao ambiente impróprio”. A lei também imputava responsabilidade solidária aos organizadores do evento, patrocinadores e aos próprios pais ou responsáveis.

OAB alega inconstitucionalidade e vício de competência

A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela OAB-PR, sustentou que a norma municipal apresentava “múltiplas inconstitucionalidades formais e materiais”. O órgão estadual argumentou ainda que o município de Londrina teria usurpado a competência legislativa da União e dos estados ao legislar sobre proteção à criança e ao adolescente, extrapolando o âmbito estrito do interesse local.

A OAB também alegou vício de iniciativa pela lei criar atribuições para a Procuradoria-Geral do município, o que seria prerrogativa do chefe do Executivo. No mérito material, a entidade afirmou que a lei “promove censura prévia”, “institucionaliza a discriminação” e “viola a dignidade humana, a igualdade, o pluralismo e as liberdades de expressão e reunião”.

Ao analisar o pedido cautelar, o desembargador baseou-se em decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele citou o entendimento firmado na ADI nº 4.275, que trata da alteração de nome e sexo no registro civil de pessoas transgênero, para argumentar que a Constituição impõe que temas de orientação sexual e identidade de gênero sejam examinados sob o prisma da dignidade da pessoa humana, da igualdade e do livre desenvolvimento da personalidade.

A decisão concluiu que, ao impor restrições que o relator considerou como “genéricas, seletivas e destituídas de fundamento técnico, a lei municipal parece colidir frontalmente com a ordem constitucional que tutela a não discriminação, a liberdade de expressão e o livre desenvolvimento da personalidade”.

Para a conselheira do Conselho Pleno da OAB-PR, Mariana Keppen, relatora do processo, a lei municipal impõe censura indireta e promove a estigmatização de uma parcela da população. “O que está em debate é o direito de crianças e adolescentes participarem de uma manifestação que celebra a existência de suas famílias”, afirmou Mariana Keppen, referindo-se às paradas LGBT.

Decisão do TJ suspende restrições e multas

A decisão suspende imediatamente a aplicação de todas as restrições e sanções previstas na Lei nº 13.816/2024, incluindo as multas. Com a decisão, a lei de iniciativa parlamentar, que buscava reforçar a proteção dos menores e o poder familiar na esfera municipal, fica agora suspensa.

O processo seguirá para a manifestação do prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), da Câmara Municipal e dos órgãos de fiscalização antes do julgamento final do mérito pelo Órgão Especial do TJ-PR.

Autora da lei aciona Conselho Tutelar e Segurança Social para parada LGBT

A prefeitura de Londrina informou à Gazeta do Povo que vai recorrer da decisão. Já a Câmara Municipal informou que ainda não foi notificada pelo TJ-PR.

A vereadora Jessica Ramos Moreno (PP), conhecida como Jéssicão, é a autora da lei de Londrina que proíbe a presença de menores em parada LGBT. “Como a parada LGBT já é daqui 15 dias, oficiamos o Conselho Tutelar e a Secretaria de Segurança Social para estar presentes e avaliarem se crianças estão sendo colocadas em situação de risco, em situação de nudez e também presenciando o uso de bebida alcoólica em excesso”, afirma.

* Via Gazeta do Povo

19-11-2025 às 17:23 Brit Spir
Sou gay passiva, e sou totalmente contra presença de crianças nessa tal parada! Onde rola...........Uso de drogas/Séquiço em pubrico/Zombaria com as coisas do eterno/Brigas.....E Caralhadas afim! Em fim..............Essa tal parada não me representa!>>>>>OBS.....Se eu tivesse filhos, jamais levaria! Boa tarde.
19-11-2025 às 17:01 Ex - Boy
Misandria e Homofobia Não Passarão ! Mais de 60% dos ataques homofóbicos que recebi partiram de mulheres, são dissimuladas. Cometem crimes e botam os homens de escudo. Ficam só assistindo. Domingo agora fui alvo de ataque de gênero, por parte de uma mulher cheia de preconceito e ódio por eu estar de sunga. Quem me defendeu foram os homens, graças a Deus muito solidários.
19-11-2025 às 16:40 Misandria e Homofobia Não Passar&atild
Bebidas alcoólicas em excesso é o que mais tem na oktoberfest de Blumenau , festa que envolve crianças nos carros alegóricos como se estivessem na Disney, mas a festa é de hétero . Então pode. Sobre nudez, cresci vendo padres , pastores, homofóbicos usando sungas minúsculas, mas é praia pra hetero então pode. Não sei quem é essa tal de prefeita de Londrina, mas essa tropa de homofóbicas misturada com misandria pegaram um ódio um ranço de homens de sunga que acham no direito querer impor bermudas nas praias com seus famigerados preconceito de traje.E agora falando que sunga é nudez, mais é cada uma ! Lembro de um rapaz feliz da vida por estar tocando ne uma banda só de sunga, em Maringá. Essa gente diabólica partiram pra cima do rapaz com direito a pressão da imprensa e tudo mais. Com único intuitivo de desencorajar os homens a não usarem sunga. Se não gostam de homens semi nus , então vaza e vão viver suas vidas. Cansei de homofóbicos, de Misandria, de Moralistas. Essa gente não presta!