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Prisão decretada

Justiça do Rio anuncia prisão preventiva de sargento que atirou em jovem durante a Parada Gay.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 29 de Julho de 2011

RIO DE JANEIRO - O sargento do Exército Fernando Ulisses de Carvalho teve sua prisão preventiva anunciada pela Justiça do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (28), por ter atirado em um jovem durante a Parada Gay, que aconteceu no ano passado, na praia de Copacabana. O juiz Murilo André Kieling, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, afirmou em seu parecer que “a própria formação militar não pode aceitar uma atitude como essa”.

O sargento responde a processo militar e cível por tentativa de homicídio e por ter baleado uma pessoa em área que não era militar.

Eu estava lá para me divertir, nunca vou me esquecer daquele dia, faz oito meses, mas se eu fechar os olhos posso me lembrar da cena. Parece que aquele tiro acertou a minha alma. Pensava que não existia preconceito assim, aí aconteceu comigo, disse o jovem Douglas Marques (foto), hoje com 20 anos, que acompanhado de quatro amigos foi ao Parque Garota de Ipanema e acabou baleado na barriga pelo militar.

No dia da agressão, Douglas contou que o sargento chegou a jogá-lo no chão e afirmar que ele, por ser gay, era uma vergonha pra sua família. Quando recebi a notícia de que a prisão do sargento foi decretada, minha esperança foi renovada, a promotora que acompanha o caso me disse que duas testemunhas chegaram a ser intimidadas, revelou o jovem.

Apesar de o pedido de prisão preventiva já ter sido expedido pela Justiça, o sargento ainda não está preso. O Comando Militar do Leste informou que aguarda a chegada do mandado de prisão para cumpri-lo na forma da lei.

Com medo de represálias, Douglas mudou-se para longe da casa dos pais, após uma decisão com a família. Atualmente, ele trabalha como assistente social, atende pessoas que sofreram com homofobia.

Me prejudicou um pouco estar longe dos meus pais. O problema é à noite, fico com muito medo. Não saio mais à noite sozinho, tenho medo. Passei a ter receios de lidar com homens heterossexuais, o que eu nunca tive, contou.

Douglas diz que é homossexual declarado, e que seus pais o apóiam desde os 12 anos, quando assumiu essa condição. Meu pai e minha mãe me apóiam, sentem orgulho de mim, somos felizes nos aceitando, nos amamos muito, disse o jovem.

Para o superintendente de Direitos Individuais e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Nascimento, essa é uma vitória para todo o movimento LGBT e mostra para os homofóbicos que os comportamentos estão mudando.

Homossexual tem vez e voz, está sendo feita justiça como antes não acontecia. Se homofóbicos fizerem algo contra nós [LGBT’s], iremos denunciar e eles serão presos, não vão sair impunes como antes. Vamos acompanhar todo este caso, isso é um pedido do governador Sérgio Cabral, acreditamos na expulsão dele da corporação, afirmou Nascimento.

02-08-2011 às 09:00 Rafael
Vergonha é ter esse tipo de gente (incompetente) nos quadros da Polícia. E o pior é que tem muitos, mas, não são a maioria.
02-08-2011 às 01:39 alem
filha da puta.....espero que aconteca o mesmo com ele e sua familia
31-07-2011 às 15:18 Ivan Ribeirão Preto
Li comentários "irônicos" a respeito do episódio, em si, e da atitude homofóbica.Antes, nós, gays, devemos nos disciplinarmos, moralmente e na forma de nos expressarmos, para podermos ser respeitados e ai sim cobrarmos justiça, contra àqueles que, por, simplesmente, não terem nossa natalidade homossexual, se acharem privilegiados, melhores e merecedores, quando para Deus, somos todos iguais.Quem não peca em uma situação, com certeza, peca em outra.Os homofóbicos tem baixa auto-estima.
29-07-2011 às 20:07 Galdin
Senhores, não se trata de um Policial Militar, mas e um militar das Forças Armadas, um Sargento do Exército que serve em uma Organização Militar em Copacabana.
29-07-2011 às 18:38 ???
Coitada da bicha, o que faltou pra essa mulher morrer!.Douglas Marques diz: "Pensava que não existia preconceito assim, aí aconteceu comigo, disse o jovem. Choquei com essa afirmação, fiquei com pena dela e ao mesmo tempo feliz por ter o privilégio de não ter acontecido comigo. Muita sorte pra vc viado.
29-07-2011 às 18:37 marcelosield@hotmail.com brasilia df
BRASIL PAÍS DA IMPUNIDADE E DA HIPOCRISIA , prá uma cidadão seja de qualquer serxo , cor , religião conseguir algo , primeiro passa por varios constrangimentos e olhe lá , QUE MERDA DE PAIS É ESSE?
29-07-2011 às 16:57 Evandro Segredo
Quando a Justiça toma uma decisão dessas acende uma esperança nos nossos corações. Nem tudo está perdido. Há, na Justiça e no Ministério Público, pessoas que ocupam seus cargos públicos com dignidade, altivez e consciência social e humana. Punir esse sargento deveria ser uma forma de passar um recado, silencioso, aos homofóbicos de plantão: desrespeitar e agredir as pessoas pode gerar punição. Deveria ser sempre assim, mas, infelizmente, não é o que ocorre. Um dia a justiça, como valor ético, prevalecerá e os avessos á democracia e ao respeito às diversidades perceberão a burrada que cometeram. E terão que ressarcir, com o bem, todo o mal que causaram às suas vítimas.
29-07-2011 às 15:24 Bandida
Não leram direito? PM que atira tem que ser preso independente de qualquer coisa. Agora que são mal treinados e mal remunerados isso é fato. O país é uma esculhambação geral!!!
29-07-2011 às 12:27 pra Bandida 2
DE FATO NÃO DISSE COISA COM COISA..... E AINDA QUE GANHASSEM MAL, ISSO NÃO AUTORIZA POLICIAL NENHUM A SAIR MATANDO GENTE INOCENTE.... SE NÃO ESTÁ SATISFEITO COM O SALÁRIO, MUDE DE EMPREGO, NINGUÉM ESTÁ OBRIGANDO ELE FICAR NA POLÍCIA .... SE TODOS QUE GANHAM MAL PASSASSEM A MATAR, ESTARÍAMOS EM GUERRA CIVIL....
29-07-2011 às 12:04 pa bandida
voce não disse coisa com coisa.