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Cura gay

Psicóloga usou bíblia para defender reversão sexual.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 05 de Outubro de 2017

A psicóloga Rozângela Alves Justino (acima), uma das autoras de ação que pedia a suspensão de norma do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento da homossexualidade como doença, embasou sua defesa em processo no qual foi censurada pelo colegiado por oferecer a ‘reversão sexual’ em trechos da bíblia. O Estado obteve acesso aos autos do processo de primeira instância, no Conselho Regional do Rio de Janeiro, que correram sob sigilo e culminaram com uma primeira punição, em 2007.

A profissional, ao lado de outros apoiadores da chamada terapia de reversão sexual, obteve liminar favorável ao tratamento. O juiz federal da 14ª Vara de Brasília Waldemar Cláudio de Carvalho acolheu parcialmente a ação dos autores e proibiu que o Conselho Federal de Psicologia ‘censure’ a terapia de reversão sexual.

Rozângela foi censurada em 2009 pelo Conselho Federal de Psicologia por oferecer terapia para curar homossexualidade masculina e feminina.

Presbiteriana e dona de uma entidade descrita como associação de ‘apoio ao ser humano constituída segundo os princípios cristãos’ ela foi punida pelo colegiado após representação de duas pessoas no Conselho regional de Psicologia do Rio. Atualmente, ela é assessora parlamentar do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), da bancada evangélica.

A psicóloga moveu ação para suspender a Resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia, que prevê que ‘os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados’. Ela foi punida em 2009 justamente com base nesta norma.

Um dos autores do processo, Eugênio Ibiapino, funcionário público e um dos fundadores do movimento LBGT da baixada fluminense, afirma que descobriu a atuação de Rozângela pelas entrevistas que concedia à imprensa.

“Decidi que teria que fazer alguma coisa. Já naquela época eu percebia que existia o perigo de essa proposta ter muito apoio da sociedade e da mídia e aumentar muito a discriminação. Aquelas declarações consolidavam uma cultura de extermínio da comunidade gay que já era forte. Por isso, eu denunciei. Havia um perigo da ideologia dela [Rozângela] propagar aquilo na TV e nos jornais. O apoio seria muito grande de setores homofóbicos da sociedade. Por isso, entrei com processo no Conselho Federal de Psicologia”.

Em meio ao processo, Rozângela afirmou que ‘independente do que diz ou não certos estudos e pesquisas pessoas tem deixado a homossexualidade há séculos’.

Ela ainda argumentou que ‘as primeiras citações de pessoas que deixaram a homossexualidade encontram-se registradas na bíblia, na Carta do apóstolo Paulo, em Cor 6.9-11: ‘Ou não sabeis que os injustos não herdaram o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de deus’.

Consta nos autos que ela ‘continua sua argumentação dizendo que os primeiros a descobrirem que pessoas poderiam deixar a homossexualidade foram os cristão, numa época em que a ciência psicológica não existia’.

Diz que os ‘ativistas gay’ declaram que ‘a OMS não mais considera a homossexualidade como doença’, mas, segundo a representada este parece ser ‘um entendimento parcial da OMS’.

Um dos conselheiros, ao proferir seu voto, o relator do caso, José Novaes, afirmou que ‘não há como negar que, fundamentada em sua confissão religiosa, a psicóloga representada considera a homossexualidade uma anormalidade que precisa ser ‘reparada’ – curada – através de processo terapêntico, pela ‘terapia reparativa ou de conversão’.

“A própria análise etimológica dos termos: ‘reparação’ e ‘conversão’ o revela: repara-se (conserta-se) algo que está quebrado, escangalhado, que precisa de reparo para funcionar corretamente; quando a ‘conversão’ são bem claras as conotações religiosas do termo – a ‘conversão dos infiéis’ é o melhor exemplo”, anotou.

Defesa

Rozângela Alves Justino divulgou nota sobre o caso, reproduzida a seguir:

"Nota de esclarecimento à população brasileira sobre a liminar deferida em favor da ação popular que requer a suspensão e anulação da resolução 001/1999, do CFP. Brasília (DF), 20 de setembro de 2017.

Os psicólogos, autores da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400 TRF1-DF, vêm a público esclarecer que têm por objetivo suspender e anular a Resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, a qual estabeleceu normas de atuação para os psicólogos em relação à Orientação Sexual, por ela ferir o patrimônio público, a liberdade científica, o livre exercício da profissão e do direito do consumidor. O Juiz de Direito Federal, Dr. Waldemar Claudio de Carvalho, concedeu, parcialmente, a solicitação do grupo de psicólogos, para que o CFP não impeça e não puna os profissionais que atenderem pacientes em sofrimentos por orientação sexual egodistônica, uma vez que a referida resolução afronta dispositivos constitucionais, causando prejuízos aos direitos individuais e coletivos, em razão do freio que ela impôs ao desenvolvimento científico, por ser este um patrimônio público, protegido pelo Estado. O advogado do grupo de psicólogos, Leonardo Loiola Cavalcanti, já peticionou junto à OAB Nacional e do Distrito Federal para que venham intervir, no sentido de que essa instituição cumpra a sua missão institucional (art. 44, Lei 8.906/1994), para resguardar a liberdade científica, o livre exercício da profissão, o direito do consumidor e a preservação do patrimônio público. Medidas judiciais serão tomadas quanto à disseminação de informações distorcidas, contrárias aos intentos dos profissionais que moveram tal ação e ao que está contida na liminar do magistrado da 14ª Vara Federal, diante da descontextualização do que foi requerido e deferido. Também serão tomadas medidas judiciais no que diz respeito à ofensa a moral e a dignidade dos autores da ação popular.”

08-10-2017 às 22:40 Jorge Jorge Ditadura Gayzista
O gayzismo quer amordaçar aqueles que lhe contrariam. É a pior ditadura de que se tem notícia. A psicologia deve ser livre, para ofertar possibilidades àqueles que a procuram.
08-10-2017 às 01:43 Rod 2
Se formos pensar assim, do jeito que ela colocou na nota de defesa, o qual o conselho que serve justamente para fiscalizar os psicólogos se estão seguindo as regras. Podemos dizer então que um assassino pode matar, pois o estado não pode tirar o direito dele fazer o que quer. Então um padre pode casar, então a igreja católica não pode expulsar ele, ele tem todo direito, ele não é obrigado a seguir regras. Então, um homem pode muito bem ter várias mulheres, casar com várias. Pois ele tem todo direito de não seguir regras e ser punido? Isso tudo é apenas um exemplo que dei, pois se ela entrou com uma ação, é para ir contra uma norma estabelecida, ela quer ser maior que a norma as regras, ela fez psicologia sabendo que o conselho tem regras. Igual a um engenheiro, então ele pode construir uma casa sem seguir regras, e etc.
08-10-2017 às 01:39 Rod
É isso mesmo, só por que no Brasil temos muitos cristãos e evangélicos, somos obrigados a aceitar tudo o que eles querem, só por que eles resolveram acreditar na Bíblia? Cada um é cada, a psicóloga fala em normalidade, se formos pensar em normalidade, podemos pedir então que os evangélicos sejam tratados, pois os as igrejas deles não é normal, pois a igreja que surgiu primeiro foi a católica e cristãs, eles não são cristãos, pois eles não aceitam as doutrinas da igreja católica, aliais, evangélicos surgiu da não aceitação da igreja cristã católica, e pronto. Normalidade, este povo religioso é tudo doente, vive gritando Deus, Deus, e vivem todos morrendo de doenças graves e não vejo serem atendidos, e eu acredito em Deus, mas acho que Deus anda tão decepcionado com os religiosos do mundo moderno que cansou, cansou de tudo e esta fazendo coisas muito mais importantes.
08-10-2017 às 00:18 É um Absurdo tudo isso.
E daí se vivemos em um mundo cristão? E daí? A maioria pode até ser, mas não são todos, e ninguém pode impor suas crenças contras as pessoas, o estado é laico, e a psicologia também.
07-10-2017 às 23:56 Maria clara
A safada ainda quer processar quem falar mal dela kkkk, é muita audácia mesmo, essa bandida pensa que estamos na época da inquisição, e ainda acha ruim por falarem mal dela, o estado é laico, assim como a PSICOLOGIA! A OAB jamais aceitará isso, eles vão é te chutar, cada órgão é responsável por sua área, para orientar o que deve ou não ser feito, e na psicologia não existe cura para a homossexualidade, então a justiça não pode intervir nesse aspecto, um juiz não pode determinar que um médico use um tratamento que não funciona e só causa prejuízos.
07-10-2017 às 23:49 Gio
Salta aos olhos, entretanto, como o problema não é "egodistônico", simplesmente porque um transtorno psíquico é diametralmente diferente de um problema que acarreta sofrimento psíquico. Um deficiente ou um desempregado podem encontrar dificuldades sociais das mais diversas ordens; essas dificuldades podem acarretar diversos tipos de sofrimento (episódios depressivos, por exemplo). Mas com isso não se diz que a deficiência ou o desemprego são transtornos. O mesmo ocorre com a homossexualidade. Não está em questão aqui o fato de se pode ser deixada ou não; simplesmente não faz sentido a discussão de "deixá-la" segundo o preconceito a ela direcionado. O fundo do sofrimento psíquico do homossexual não é um transtorno, mas a internalização da desvalorização social e moral que enfrenta. Vale repetir: é pelo preconceito (internalizado ou apenas recebido), e não por um transtorno ou disfunção, que um indivíduo homossexual sofre. Em si mesma, essa condição não traz sofrimento algum. Daí cabe muito bem o comentário de um leitor do meu blog , que ilustrou o caráter do preconceito. Cito: Aparentemente, aqueles que se sentem ofendidos pelo texto não percebem algo que é básico, em ciência: alegações exigem provas. Onde estão as provas de que a homossexualidade é um estado patológico? Sofrimento por preconceito tem correlação com a homossexualidade assim como o preconceito racial tem correlação com afro-brasileiros, p.ex. Daí sugerir que esse sofrimento é inerente à sua condição, seria também uma (descabida) justificativa para um “terapia de conversão dos afro-brasileiros”. Então, onde se encontram provas de que a homossexualidade é uma condição patológica (falo de ciência e não religião)? Hmmm….acho que ninguém vai responder a isso… Em outras palavras, não basta evocar uma terapia (conceito científico) com base numa valorização moral negativa (religião); ou, em outra ordem, nem toda situação que implica sofrimento psíquico é necessariamente um transtorno. Nesse sentido, se a raiz do sofrimento psíquico está no preconceito (internalizado ou não), não haveria muita diferença entre propor terapia reparativa para qualquer tipo social alguma vez discriminado… Aqui reside outro equívoco relacionado aos que creem numa homossexualidade como transtorno egodistônico: o preconceito infundado de que psicólogos não "tratariam" homossexuais. Ocorre que um psicólogo não "trata" um homossexual - ou qualquer outra pessoa - com base em um preconceito prévio sobre determinada condição, seja qual for. Psicólogos não "tratam" homossexuais para que estes "deixem" sua condição (nem para que não deixem, isso, de saída não importa, tal como já há 100 anos todo psicólogo sabe, grosso modo, que um padrão estrutural é bem diverso de um padrão sintomático); "tratam", sim, de indivíduos com diversas ordens de sofrimento psíquico que buscam uma relação mais autônoma com o mundo.
07-10-2017 às 23:45 É um Absurdo tudo isso.
NÃO EXISTE EX-GAY. Como esses aí que se dizem "curados", eu já vi muitos!!! Atacando fora o que nunca vai matar dentro. Vai pra igreja porque não se aceita, não se ama, nem se respeita… e não se ajusta na sociedade. Levou um fora do namorado e não consegue ser feliz no amor?…. Ou cansou da futilidade que muitos gays optam por viver, num mundo de veneno e desrespeito próprio dos que não se ajustam a sua sexualidade e se deixam influenciar pelos preconceitos sociais. Se odeiam e odeiam outros gays. Que triste! Tomam as decisões erradas. E depois fogem pra uma igreja. Alguns dizem poder se livrar das ''práticas'', mas nunca da homossexualidade em si. Igual a esses há muitos… até casados, com filhos ”abençoados” e que se juram ”libertos”, blablabla. Mas não duram nessa farsa. Logo, logo os desejos homo estarão explodindo. Pode ficar nessa capa até por anos, mas sabe como é duro resistir e o manter as aparências e o ”testemunho”… Como devem se reprimir e ser neuróticos! Nunca poder se ''manter hetero”, pois sua ESSÊNCIA é gay. Sim, não há escolha. Ninguém escolhe ser e nem deixar de ser. Vocês apenas repetem as falácias do sr. Silas Malafaia e afins, mas no fundo sabem que é tudo mentira! VIVEM UMA FANTASIA UT'ÓPICA. Não existe cura para o homossexual, pois ser homossexual não é uma doença, o indivíduo nasce. O que pode acontecer com esses que se dizem curados, é que se ligaram a uma religião e abstiveram-se da pratica e com isso levam uma vida como se não desejassem mais esse tipo de envolvimento, quando na verdade desejam, e para sanar esse desejo recorrem ao jejum e a oração. Caso tivessem sido "libertos" não seria necessário nenhuma prática desse tipo, pois não vemos nenhum heterossexual não evangélico jejuando e orando para serem o que são: héteros. Homossexual é homossexual e não existe nenhuma religião que mude isso. Vejam a ciência, a Psicologia: Se não se nasce assim, se torna... sem ter optado por nada! Quantas falácias e idealizações nos testemunhos. Homo Faz parte da natureza, da humanidade, quer gostem ou não. Se aceitasse no fundo, seria equilibrado. Não é fácil. Mas não precisaria de muletas da religião. Essa história todos já conhecem o fim, já viram um caso na igreja. Como tantos por aí, os ''ex-gays'' vão voltar as práticas sexuais (se é que um dia deixou) e provocar escândalos ou abafá-los pelo bem do ''evangelho''. E culpar o diabo. Depois a crentalhada vai dizer que ”ele nunca encontrou Jesus de verdade”, fazer fofoca e pisar nele. Sim, o mundo evangélico é hipócrita, cruel e coorporativista. Fazem acreditar em milagres que nem eles acreditam. Igreja... vocês perseguem gays, mas não salvam nenhum!! ACORDEM. Parem de iludir pessoas tristes. Dica: Deveria procurar um psicólogo hoje pra se ACEITAR e ser saudável como é. Mas não… preferem ser infeliz por uma crença falsa e viver se frustrando e perseguindo gays ajustados. Que pena pois assim apenas magoam a si mesmos, perdem tempo, juventude, energia e pior, prejudica outros homossexuais confusos com seus dogmas Não há PROVAS sobre ex-gays. Pesquisem Lana Holder e Sergio Viula (do MOSES) e tantos outros que pararam de mentir pra si, Deus não exige que você ''deixe'' de ser gay! Os homens, sim. ”Não existe pecado maior que a estupidez”! (Oscar Wilde)
07-10-2017 às 23:39 Gio
As denominações evangélicas, a maioria (não generalizando), mas principalmente as maiores que estão sempre na mídia com horários pagos, argumentam que o homossexualismo é escolha. Como no caso citado que estou utilizando como exemplo, é difícil entender como alguém escolhe ser gay, quer seja homem ou mulher. Que nem o Jô soares disse uma vez a um pastor em seu programa de entrevista: "Como que alguém escolhe ser gay? Tipo assim, o rapaz esta pensando em que vai ser , ai ele pensa: advogado? Talvez. Médico? não sei! Gay? hum, isso sim. Já sei, eu vou ser gay, nunca vou me casar ou ter filhos, vou sofrer o preconceito e discriminação de toda minha família e da sociedade e ainda por cima ser condenado ao inferno cristão por toda a eternidade. É isso Vou escolher ser gay" Essa ironia do apresentador Jô Soares, reflete o pensamento de muitos cristãos, que a pessoa acorda um belo dia e escolhe ser gay. Se você tentar obrigar a um heterossexual a ter relações com outro homem, ele não vai conseguir. Porque para o homem, é diferente da mulher a relação sexual, uma vez que o homem depende de uma ereção. Por isso que existem mais homossexuais assumidos do sexo masculino que o feminino, porque muitas mulheres, mesmo que não sintam atração ou desejo pelo sexo oposto, conseguem ter relações sexuais com o mesmo e ainda engravidarem e gerarem filhos. E da mesma forma, o homem que é homossexual não conseguiria ter relações sexuais com o sexo oposto.
07-10-2017 às 23:37 Gio
Todos que tentaram mudar a orientação sexual relatam sofrimentos, nenhum conseguiu deixar de sentir desejo e atração por pessoas do mesmo sexo, apenas pararam de PRATICAR, qualquer para com as praticas, mas nunca com o desejo
07-10-2017 às 23:34 É um Absurdo tudo isso.
Essa mulher merece ser presa, e daí se suas bíblias dizem algo? A mesma diz que as mulheres são submissas,comer carne de porco é abominação, homem de cabelo cumprido é abominável, gozar fora não pode, sexo é só pra procriação, mas os evangélicos amam fuder toda hora, é por isso que existe tantos escândalos entre os irmãos. Essas terapias nunca deram certo! Todos que participaram relatam depressão, suicídio, desconforto, A ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSICOLOGIA ja veio a publico e mostrou os relatórios das causas negativas em tentar mudar o que você é naturalmente!