por Redação MundoMais
Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2018
O Carnaval é uma festa gay no sentido exato da expressão inglesa: “Alegre”. Mas, há tempos, gay tem sido apropriada pela comunidade homossexual e hoje é automaticamente associada a esse universo.
Pois não é que os gays também se identificaram absurdamente com o Carnaval? Afinal, nada mais equivalente do que uma alegria se apropriar de outra. E, desde tempos pretéritos, os homossexuais, sobretudo os da ala masculina, são destaques na festa de Momo em todo o planeta. Em Salvador parece que ganham mais visibilidade a cada ano e estão cada vez mais soltos.
Beijo na boca entre dois homens ou entre duas mulheres no Carnaval já deixou de ser um ato perigoso e realizado, de forma tensa, em um beco escuro longe dos holofotes. A comunidade vem, a cada ano, ocupando espaço na festa e expressando a afetividade em plena avenida como qualquer folião hétero.
“Estamos felizes por dar um não ao preconceito e estarmos em todos os espaços, sempre em busca de mais visibilidade. O crescimento do nosso empoderamento vem da consciência de que podemos estar, e ser respeitados, em qualquer lugar”, reforça Genilson Coutinho, editor-chefe do site Dois Terços, especializado em notícias para o público LGBT+.
Este ano, que promete ser do Carnaval sem cordas, os blocos voltados para o público LGBT+ são os que tiveram menos dificuldade de vender abadás.
Como de hábito, o Carnaval chegou com novidades. Uma delas vem de Preta Gil, assumidamente bissexual. Ela lança a primeira boate do circuito Dodô, a Blacktape, para funcionar só na folia, desde o dia 9 (sexta) até amanhã (terça), das 22h às 6h, entrada paga.