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Fechando o cerco

Imprensa promove caça a LGBTs na Malásia.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2018

A estratégia de pulso firme contra a comunidade LGTBI se intensifica na Malásia e agora chega aos meios de comunicação, alarmando os ativistas e defensores dos direitos humanos. Desta vez, o jornal Sinar Harian, o mais vendido do país em língua malaia, foi mais longe ao publicar na sexta-feira passada (9) um artigo em forma de guia para identificar gays e lésbicas. A lista de recomendações para flagrar “comportamentos homossexuais” especifica que os gays só vão à academia “para olhar outros homens” e “exibir o abdome”, que gostam de “vestir roupas justas e de grife”, e que “seu olhar se ilumina” quando veem homens bonitos. O artigo, que também fala pejorativamente das lésbicas, motivou fortes críticas nas redes sociais por parte de ativistas desse país islâmico do Sudeste Asiático.

Foi o caso de Arwind Kumar, um ativista local com notoriedade midiática, que denunciou o texto no YouTube qualificando-o de “estúpido” e argumentando que o país teria assuntos mais importantes a debater. “Se você realmente quer educar a sociedade, teria de relatar as características de um pedófilo, de um assassino ou de um sequestrador; todos eles põem a vida de outras pessoas em risco. Como, diabos, uma pessoa gay vai colocar a vida de alguém em risco?” O vídeo recebeu mais de 30.000 visitas em apenas dois dias. Kumar ridicularizou a ideia de que a barba seja um traço distintivo dos gays. “Conheço muitos religiosos que adoram usar barba; estariam tentando nos dizer que eles também são homossexuais?”, ironizava.

Atualmente, a Malásia considera ilegal qualquer comportamento homossexual, e a sodomia é punida com até 20 anos da prisão. Segundo seu código penal, qualquer pessoa que mantenha relações sexuais “contra natura” também poderá ser castigada com chibatadas. A Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (ILGA) menciona no seu relatório de 2017 sobre a Homofobia de Estado que em vários Estados malaios vigora a sharia (lei islâmica), aplicável a homens e mulheres muçulmanos.

“A publicação do Sinar Harian expõe à comunidade LGTBI ao bullying, um comportamento que pode levar a crimes de ódio contra eles”, disse Eric Paulsen, presidente da ONG Advogados pela Liberdade, à agência AFP.

Essa discriminação se generalizou, não apenas com penas da prisão, mas também com vultosas sanções econômicas (de até 4.000 reais). Várias campanhas têm pedido uma moderação da retórica usada nos meios de comunicação, após diversas mortes por “supostos comportamentos homossexuais”. Como o caso de um estudante de 18 anos que foi surrado e queimado até a morte no ano passado por vários colegas de classe que o tacharam de pondan, um termo coloquial usado para designar homens homossexuais.

O cerco à comunidade LGTBI também provém da Justiça malaia, que em 2015 impulsionou uma regulação para proibir o travestismo. Em 2017, o órgão censor tentou vetar a estreia do filme A Bela e a Fera nos cinemas por “conter um momento gay” – embora o longa afinal tenha sido exibido sem cortes. Em dezembro do ano passado, o Estado de Terengganu anunciou um plano para ajudar mulheres transexuais a se reconverterem mediante um tratamento terapêutico, e, meses antes, o ministro da Saúde recuou da sua intenção de promover um concurso para “prevenir a homossexualidade”.

17-02-2018 às 10:56 Drizella!
Eu só sei de uma coisa, Deus não tem dono, ele, é o dono detodas as coisas, fato! Só ele tem todo poder, queiram ou não, essa é a realidade! Eu amo Deus, tenho esse direito! Um ser que morre sem merecer, sem pecados, só merece elogios, fato! Quem ama Jesus e a sua santa palavra, diz amém ai! Beijos Brasila com certeza!
16-02-2018 às 23:09 Lenny
Concordando totalmente com o Jorge Jorge. Infelizmente, a esquerda só vê vilanias no catolicismo. Por isso perdeu o bonde da história.
16-02-2018 às 20:21 Jorge Jorge
É um absurdo que tal ocorra. Mas é bom lembrar:a a maioria da população da Malásia é islâmica. Os católicos são minoria. Já disse aqui e vou repetir: quem garante a liberdade de expressão é, sem dúvida, a Igreja Católica Apostólica Romana.
16-02-2018 às 12:12 halison
O ÓDIO MATA
16-02-2018 às 12:12 halison
verdade
15-02-2018 às 20:48 caio
não sei como alguns gays ocidentais tem coragem de defender o islã
15-02-2018 às 19:00 Jorge Jorge
Se você ama Deus, então temos, efetivamente, algo em comum. Beijo, meu amor.
15-02-2018 às 18:59 Jorge Jorge
Se amam Deus, ent
15-02-2018 às 17:16 Diego SP
A RELIGIÃO mata mais do que o câncer e a fome no mundo. Deus é um ser tão simples de ser seguido, mas o ser humano consegue complicar. Eu fico imaginando como é a comversa de jesus com Deus no paraiso - Pai , nao acrsdito! Que merda essas caras estao fazendo em nosso nome? Por isso que odeio religiões e Amo Deus.