por Redação MundoMais
Quarta-feira, 18 de Abril de 2018
De acordo com teólogos, em entrevista à revista Exame, depois que o carismático papa Francisco assumiu a liderança da Igreja Católica, há cerca de 5 anos, que a aceitação de gays e casais divorciados aumentou nas paróquias.
Em entrevista ao veículo, Joana Nascimento, 44 anos, e Cícero Cilva, 51, comentaram sobre a questão de serem um casal que ainda não se casaram religiosamente, pois vinham de dois divórcios e, por isso, não podiam comungar. “É claro que dá vontade de comungar, mas já ficamos felizes de poder servir na Igreja. Pensei que, como a gente mora junto sem ser casado, nunca deixariam. Mas assim que Francisco se tornou papa, veio o convite”, contou Joana.
Os teólogos definem que este período de renovação mostra indícios de que muitas paróquias estão conseguindo compreender os ensinamentos do papa. “O que ele prega é que, antes de vermos o que há de diferente, a Igreja se firme no que nos une, que é o amor ao próximo. É a grande reviravolta”, analisa Francisco Borba Ribeiro Neto, do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “No fundo, ele não propõe valores ou ideias diferentes dos antecessores, mas um posicionamento diferente”, define.
Já para Loreano Goulart, um dos coordenadores da Pastoral da Diversidade Sexual de São Paulo, as atitudes do papa mostram de que forma funciona o verdadeiro papel do acolhimento. “Não há acolhimento pela metade. Se você deixa a pessoa participar da missa, mas não da comunhão, está segregando, discriminando”, conclui.