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21 anos depois...

Igreja anglicana libera casamento entre fiéis do mesmo sexo no Brasil.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 12 de Junho de 2018

Após 21 anos de debate, a Igreja anglicana no Brasil autorizou a realização de casamento entre pessoas do mesmo sexo. A resolução foi tomada em Brasília no dia 2 de junho, em uma assembléia-geral com os representantes da religião pelo país. Foram 57 votos a favor, 3 contrários e 2 abstenções.

Para valer, no entanto, a nova regra precisa ser aprovada por cada uma das nove dioceses, que funcionam com autonomia. A primeira a dar a largada foi a diocese de Porto Alegre (RS). Brasília deve bater o martelo sobre o assunto em 1º de setembro, dia da próxima reunião local.

Segundo o bispo da capital federal, Maurício Andrade (foto), a tendência é de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo também seja aprovado em Brasília. Ainda assim, ele disse não acreditar que a medida seja unanimidade em todo o país. “Vai haver rejeição, e não cabe recurso. Mas nada impede que uma diocese reveja suas decisões no futuro.”

“O importante é registrar que isso não aconteceu do nada. Em 2013, ficou aprovado que teríamos de trazer uma decisão sobre o assunto nos próximos quatro anos. O que a Igreja fez foi intensificar a reflexão biblico-teológica de acolhimento de todas as pessoas.”

A permissão para o casamento entre pessoas do mesmo sexo é mais uma atitude considerada vanguardista da Igreja anglicana no Brasil. Entre outros pontos, ela não traz a imposição de celibato. Além disso, há 33 anos tem mulheres na ordenação. Cada um desses temas foi alvo de debate interno antes de serem aprovados. “Reflexão” é o termo usado pelo grupo.

Vanguarda

Esta é uma marca da Igreja anglicana, que se orgulha de ser gerida de forma descentralizada. Por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo já é autorizado nos Estados Unidos e no Canadá. No entanto, ainda não é no Reino Unido, berço da religião.

Com a experiência de 15 anos liderando a Igreja em Brasília, o bispo Maurício Andrade afirma enxergar essas medidas com naturalidade. “Nós temos a ação de acolher as pessoas como elas são. Sem nenhuma exclusão. Temos a compreensão de que todas as pessoas são parte dessa extensão do amor de Deus.”

Segundo ele, deve existir, sim, uma preocupação em rever alguns conceitos ultrapassados. “A revelação da Bíblia foi em um contexto, uma realidade que a gente precisa atualizar. O problema é que atualizam para muitas coisas, mas para outras, não. Existe uma seletividade, o que faz com que muitas vezes as igrejas reforcem o sentimento de culpa nas pessoas.”

“Hoje a Bíblia serve para tudo. É usada para dizer o que quiserem.”

Ele exemplifica: “No Velho Testamento, há trechos que mandam cortar a mão de quem rouba. Vamos cortar a mão de alguém hoje? Não”.

Presença

A Igreja anglicana está em Brasília há 58 anos. A sede, na 309/310 Sul, é o segundo templo mais antigo construído na capital – só fica atrás da Igrejinha, da 307/308 Sul. A comunidade local é constituída por cerca de 50 famílias. No Brasil, desde 1890, os cultos são em português.

No mundo, está presente em 165 países, com 120 milhões de fiéis. Tem até um assento como observador permanente na Organização das Nações Unidas (ONU).

Na opinião do bispo, a noção de acolhimento explica o porquê de tantas pessoas sentirem afeto pela região. “Acolhemos as pessoas como elas são, sem nenhuma exclusão. Quando as pessoas conhecem a Igreja anglicana, ficam surpresas de que é possível ter uma postura assim.”

“Não é que tudo pode. É, na verdade, uma compreensão de que a fé cristã implica compromissos e responsabilidades.”

Casado há 34 anos e pai de três filhos, o bispo já foi católico romano e evangélico. Descobriu a Igreja anglicana quando foi convidado para fazer trabalho comunitário em uma comunidade carente de Recife. “Foi ali que eu me identifiquei.”

19-06-2018 às 22:51 P Jorge Jorge
So pq a PM diz significa q é a verdade absoluta?Nao p mim
14-06-2018 às 01:00 Jorge Jorge
Não cabem 3 milhões de pessoas na Paulista. O número é mentiroso, sempre foi. Basta pedir informação à PM. Quanto a esse Lorelei, nem vou responder. É analfabeto. Recuso-me.
13-06-2018 às 10:28 Cara dna Florinda
Moralismo é postura...qdo ela é muito rigida ,mostra q dentro de nos tememos algo que vemos refletido no outro,talvez nossa sombra de acordo com Jung...moralismo nao é opiniao,é critica que inconscientemente fazemos ao outro pq na realidade o q pensamos q esta no outro esta em nos o q nao aceitamos por n motivos e este conceito de acordo coma psicologia chama se recalque...logo quem tem recalque é recalcado o que valida minha afirmaçao anterior...Lorelei psicologa..
13-06-2018 às 00:38 Lauro
Qdo vejo uma noticia dessa,vejo q Stonewall nao foi em vao...uma Parada LGBT com quase 3 milhoes de pessoas so reforça q a luta nao é nao foi e nunca sera em vao...
13-06-2018 às 00:31 Adriano
Familia é quem te apoia e te da valor nao importa se é gay...neste mundo hetero de casa separa duzentas vezes é muita hipocrisia falar em familia tradicional...as tradiçoes estao caindo ou sendo ressignificadas...ate a Biblia para quem tem um cerebro maior do que um grao de mostarda consegue interpretar dentro dos moldes do sec XXI...graças a Deus...sao novos tempos e os avanços p nos LGBT indo de vento em popa...
12-06-2018 às 22:24 Lorelei
Todo lugar LGBT tem personagens caricatos:dna Florinda representando o moralismo,Jorge Jorge representando a familia tradicional...premio recalcadas 2018 p ambos...
12-06-2018 às 21:05 Cristiano
Excelente notícia e vanguardismo da Igreja Anglicana. Parabéns pela inclusão histórica! Famílias gays também são famílias verdadeiras, assim como de uma Mãe que luta sozinha para criar os filhos ou um Pai sozinho ou mesmo Avós que fazem isso com grande zelo e carinho
12-06-2018 às 21:04 Diego SP
Mas uma compreensão da igreja, Parabéns ðŸ‘ðŸ‘ðŸ‘ðŸ‘ðŸ‘ðŸ‘
12-06-2018 às 18:21 Jorge Jorge
Que diferença faz? A ditadura de que faz parte o gayzismo prega a destruição da família e consequentemente do casamento. Não tendo, todavia, com o que se implicar, passa a defender o casamento gay. Idiotice pura. A cada dia, de forma mais clara, convenço-me do maior de idiotice que significa essa tal "luta LGBT por direitos". Um mar de mentira e ódio rodeia essa suposta política. Vou repetir: um mar de mentira e ódio. Só isso. Ah, só isso, não. Há muito neguinho enchendo o bolso de grana em torno desse movimento. Muito neguinho que se afirma de ONG LGBT está ficando milionário com tudo isso.
12-06-2018 às 14:58 rena
Uma pena que só exite nos grandes centros e capitais, o interior não em essa oportunidade ...