por Redação MundoMais
Quinta-feira, 27 de Setembro de 2018
Uma sala de aula da área de comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) sofreu um ataque de vandalismo ao ter frases de apoio a ditadura, homofóbicas e de teor machista escritas em suas paredes e louças. No local estava exposta, por exemplo, uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBTI (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Transgênero e Intersexuais), com os dizeres “love is love” (amor é amor), em uma tradução livre. Sobre o objeto foi escrito “tapa na cara das puta” e “falta de surra”.
Em uma lousa foi grafado “intervenção já, Ustra herói brasileiro”, em referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-militar reconhecido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo como responsável por torturas praticadas no período da ditadura militar no Brasil. Também foi escrito “higienização já, esquerda fede”.
Sobre a bandeira foi escrito “tapa na cara das puta” e “falta de surra”
Foram encontradas ainda as inscrições “17 neles” e “ele sim”, em oposição ao movimento “#ele não”, mobilização contrária ao candidato Jair Bolsonaro e que ganhou repercussão nas redes sociais.
Em nota, a FAAP disse que repudia todo tipo de desrespeito, violência e discriminação. “O fato ocorrido se restringe a uma divergência entre os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles. Em relação à violação do espaço da sala de aula, já foram tomadas as providências cabíveis para garantir a manutenção desse ambiente que estimula a criatividade, a autonomia e a livre expressão de seus alunos”.