por Redação MundoMais
Quinta-feira, 07 de Março de 2019
Com 270 pontos, a Estação Primeira de Mangueira é a campeã do desfile do Carnaval do Rio de Janeiro. Esta é a 20ª vez que a verde e rosa leva o título com o enredo que recontou a história do Brasil por meio de heróis da resistência, negros e índios. Ela também ganhou o prêmio Estandarte de Ouro de melhor escola do Grupo Especial em 2019. Em segundo ficou a Viradouro (269,7), seguida por Unidos de Vila Isabel (269,4), Salgueiro (269,3), Portela (269,3) e Mocidade (269). O Império Serrano (266,6) e a Imperatriz Leopoldinense (263,8) acabaram rebaixados.
Este ano, a agremiação levou para a Marquês da Sapucaí a lembrança dos heróis esquecidos pela história do país, repensando narrativas oficiais que foram ensinadas ao longo de gerações para os brasileiros. O enredo é do carnavalesco Leandro Vieira. O desfile contou com figuras como a Princesa Isabel, Dom Pedro I e Pedro Álvares Cabral.
Um dos destaques da Mangueira foi a homenagem à vereadora Marielle Franco (PSol), assassinada em março do ano passado junto com o motorista Anderson. O desfile contou com a presença da viúva de Marielle, Mônica Benício. A lembrança foi muito bem recebida pela plateia, que a ovacionou e se emocionou durante o desfile.
Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, participa de homenagem da Mangueira à vereadora assassinada.
Outra menção a Marielle era feita na comissão de frente, que virava a história oficial pelo avesso: figuras históricas tradicionalmente reconhecidas, representadas como anões, eram substituídas por índios e negros. Na encenação, as novas personalidades erguiam uma menina que, representando Marielle, empunhava uma faixa onde se lia “presente”. O coro de “Marielle: presente” é uma forma frequente de homenagear a vereadora assassinada.