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Mato Grosso registra 160 crimes contra LGBTs em oito meses

Dados são do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) divulgados pela Secretaria de Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT).

por Redação MundoMais

Terça-feira, 08 de Setembro de 2020

Mato Grosso registrou 160 boletins de ocorrência de crimes contra o público LGBT entre janeiro e agosto deste ano. Desse total, quatro tratam-se de homicídios, quatro de suicídios e duas mortes ainda a esclarecer. Os dados são do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

Apesar do número de registros ter dobrado em comparação com o mesmo período de 2019 – que teve 77 boletins e cinco homicídios – o secretário do GECCH, tenente-coronel PM Ricardo Bueno, acredita que o aumento não significa necessariamente que foram cometidos mais crimes contra esse público, mas que o número de denúncias pode ter aumentado.

“A violência contra o público LGBT sempre existiu, no entanto ela foi muito tempo silenciada. Somente no ano passado tivemos uma mudança significativa no aspecto jurídico deste tipo de crime com a punição prevista na Lei de Racismo. Isso contribuiu muito com o aumento de denúncias, já que as pessoas se sentem mais encorajadas e respaldadas pela lei”, pontuou o secretário do GECCH.

Outro fato destacado pelo tenente-coronel, é que a partir da criminalização surgiu uma série de campanhas educativas nos meios de comunicação, com a indicação de canais de denúncia, gerando uma maior mobilização tanto por parte das vítimas, quanto por parte da população que presencia algum de tipo de crime contra este público.

Capacitação

Os 30 novos delegados empossados participaram de um minicurso de capacitação ministrado pelo GECCH para atendimento do público LGBT. Durante a aula, os delegados tiveram acesso a conhecimentos acerca de orientação sexual e identidade de gênero, além da aplicabilidade da Lei Maria da Penha para mulheres trans.

O minicurso também contou com a colaboração de duas mulheres transexuais que compartilharam experiências e vivências com os delegados da Polícia Judiciária Civil (PJC).

08-09-2020 às 20:59 Felipe
Em relação a esse aumento da criminalidade que você aponta, seria importantíssimo que nos alimentasse com números e dados. Por gentileza, descreva aqui os números, os dados de violência. De pronto, tenho uma notícia bem pessimista para você: todos os índices de violência vêm decaindo e isso já começou na gestão Temer. O que está ocorrendo, conforme disse no meu comentário, é que todo crime que envolva homossexuais e transsexuais está sendo lançado na conta da transfobia e da homofobia. Trata-se, portanto, de se utilizar a estatística, que é fria, a serviço da ideologia. E isso, meu amor, não vale.
08-09-2020 às 20:55 Felipe
Bom, Helenão, a depender do povo brasileiro, O VERDADEIRO, esse renascimento pelo qual você aguarda, que, traduzindo em miúdos, seria a volta do glorioso PT ao poder, vai demorar um pouco mais. Bolsonaro seria reeleito hoje, conforme apontam as pesquisas de opinião.
08-09-2020 às 19:12 Helenao
Mas nunca houve nazifascismo no Brasil e nem mesmo vermes da pior especie e em cargos importantes da Republica q incentivasse este tipo de ato.Um ano de podre e hipocrita extrema direita e o q se observa no pais...aumento de feminicidio...de crimes por motivação homofobica ou transfobica e nao venha com discurso de bolsonarista, falácia de espantalho,para desviar o foco e ainda querer jogar a culpa nos proprios LGBTs,aumentou o racismo e ate o genocidio indigena...E qto mais machista é o povo,mais crimes de homofobia e transfobia há...a sociedade sempre foi ruim,preconceituosa...mas era contida...agora se escondendo atras da liberdade de expressao e apoiada por pessoas vis,sem carater,ela mostra a verdadeira face e os ratos saem dos esgotos...mas como depois das trevas da Idade Media veio o Renascimento...depois deste periodo perverso um dia o pais voltara a ser algo melhor,pois com esta sociedade bom nunca será...
08-09-2020 às 18:04 Felipe
Pessoas homossexuais e transexuais foram vítimas de homicídios e outros crimes. Grave? Gravíssimo. Mas em que ponto está a motivação? O crime foi efetivamente cometido pelo fato da pessoa ser homossexual ou transsexual ou essas pessoas teriam sido vítimas igualmente desses crimes mesmo que não fossem homossexuais ou transsexuais? Esse é ponto importante que ninguém mais deseja discutir, porque o que importa dizer é que a motivação foi homofóbica/transfóbica e ponto final. Claro, óbvio: basta que uma só pessoa seja vítima de um crime em virtude de sua orientação afetiva ou de gênero para que nos revoltemos. Jamais isso poderia ocorrer numa sociedade, seja ela qual for. Mas tomar como homofóbico ou transfóbico todo crime que tenha homossexuais e transsexuais como vítimas é, sim, um erro crasso, que inclusive depõe contra nós, gays e trans. Há casos, e nós sabemos muito bem disso, que um homossexual é vítima de outro. Nas situações de suicídio, gente, pelo amor de Deus, não há sequer crime. Então, essas são as reflexões que a militância gay odeia fazer, mas que precisará conviver, porque as pessoas hoje se comunicam e elas, definitivamente, não estão a fim de rezar por cartilhas ideológicas, a maioria das vezes falaciosas e profundamente tendenciosas.
08-09-2020 às 16:26 Caio Punheteiro_19
Triste, mais é a realidade! Depois falam que preconceito não existe!