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Aluno é alvo de ataques preconceituosos de pais por trabalho escolar LGBT

Família registrou um boletim de ocorrência para denunciar “preconceito e intimidação”.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 16 de Junho de 2021

Estudantes protestaram contra a homofobia na porta da escola.

Um aluno da Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas (SP) sofreu ataques homofóbicos por sugerir um trabalho com temática LGBT. A família registrou um boletim de ocorrência para denunciar “preconceito e intimidação” e a Polícia Civil investiga o crime pelo 7º Distrito Policial.

Os colegas do estudante de apenas 11 anos realizaram protestos com cartazes e papéis, colocados na fachada da instituição de ensino, com frases como. “Ou aceita ou respeita”, “Respeite as diferenças” e “Sinta orgulho de ser quem você é”, que pedem respeito às diferenças e o fim do preconceito.

Homofobia e acusação de represália

A investigação das autoridades já conta com o depoimento da irmã do estudante, que entregou mensagens no WhatsApp, recebidas na sexta-feira (11), para serem analisadas. Foi ela quem fez o registro no boletim de ocorrência e publicou um relato nas redes sociais sobre o caso.

Em entrevista, ela disse que o estudante sugeriu o tema para o trabalho por mensagem enviada no grupo da sala do 6º ano do Ensino Fundamental. O estudo seria sobre o mês do Orgulho LGBT, celebrado em junho. A repressão veio dos pais dos alunos, que disseram que a ideia do garoto era, além de “absurda”, “desnecessária”. Eles solicitaram que ele apagasse a mensagem.

Aluno é alvo de homofobia dos pais por trabalho LGBT.

A irmã do estudante de 11 anos acusou a escola de represália. A jovem diz ter chegado em casa do trabalho e viu o irmão chorando, falando ao telefone com alguém que dizia ser a coordenadora da escola.

“Ela ligou para o meu irmão e disse para ele que a sugestão era um absurdo e inadequada para a idade dele. Ela ainda disse que se ele não apagasse a mensagem, iria tirá-lo do grupo. Justo agora que, com as aulas on-line, os grupos são tão importantes. Nunca pensei que uma coordenadora pudesse falar desse jeito com um aluno”, relatou a jovem.

Já a investigação da Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP) teve início na segunda-feira (14), segundo informou a Diretoria Regional de Educação de Campinas Leste. Agentes estiveram na escola para “dar início às apurações para que todas as medidas cabíveis possam ser adotadas de forma assertiva”. Ainda de acordo com a Seduc, uma equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) foi enviada para apoiar o estudante, sua família e a comunidade escolar.

“A Seduc-SP conta com psicólogos profissionais no programa Psicólogos na Educação, que está presente em todas as escolas estaduais, e já foi disponibilizado o atendimento para o estudante”, disse o órgão.

19-06-2021 às 13:19 Murilo SP
Parabens a acao do jovem!
17-06-2021 às 00:39 Cris
Parabéns ao estudante e à Secretaria de Educação de São Paulo!
16-06-2021 às 21:29 Crente Conservador Bolsonarista
Um aluno de 11 anos? Que absurdo. Com essa idade deveria estar pensando em estudar e não lacrar nos trabalhos escolares. Falta supervisão adulta com certeza. Nessa idade a criança tem que brincar e nao decidir nada de cunho sexual. Misericórdia o que foi que o PT fez com nosso país? Que ideologia é essa que tomou conta dos nossos jovens.
16-06-2021 às 21:19 Celsa
Discunjuro!!!
16-06-2021 às 16:48 Gentchi
Nossa, a gente imagina que em pleno século 21, as coisas não seriam tão retrogradas