por Redação MundoMais
Quarta-feira, 14 de Julho de 2021
Coréografo da Porto da Pedra, Fábio Alves virou uma personalidade do Carnaval por ter 116 cm de bumbum, o que rendeu-lhe fama mas também desafetos. Ano que vem, caso se confirmem os desfiles, ele não defenderá mais a escola na Sapucaí. Fábio, que também é enfermeiro, está se despedindo da escola de São Gonçalo. Ele estava na agremiação desde 2015.
O motivo, ele diz, foi por conta da perseguição que teria sofrido de diretores da escola por ser gay e "aparecer demais". "Diminuíam meu trabalho dizendo que eu não era bom para ir aonde eu ia. Também não deixavam o carnavalesco fazer as minhas fantasias com antecedência, só faltando 15 dias para o Carnaval", afirma.
Em todos os anos que desfilou, Fábio se destacava na mídia. Mas, segundo ele, isso incomodava a escola. O que ''segurava" o enfermeiro no posto era a comunidade. "Fizeram uma reunião comigo e falaram que não gostaram das matérias. Chegaram a dizer que eu era uma chacota do Carnaval. Era um terror psicológico muito grande. A comunidade me ama e isso me mantinha na escola", relata o muso.
"Estou a procura de uma escola que me respeite e não tenha preconceito quanto a sexo e gênero de ninguém. Eu fui um dos maiores destaques do Brasil por anos, sendo eleito melhor coreógrafo de ala e melhor destaque, inclusive, no último Carnaval. Merecia ser mais respeitado, coisa que não aconteceu".