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Assembleia goiana aprova projeto que proíbe 'ideologia de gênero' em escolas

Entidades se manifestaram contra a proposta, que segue para sanção pelo governador Ronaldo Caiado.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 26 de Agosto de 2022

Os parlamentares de Goiás aprovaram nesta quarta-feira, 24, um projeto de lei que proíbe temas relacionados à “ideologia de gênero” nas escolas das redes pública e privada do Estado. Com a aprovação da matéria em segunda votação, o PL agora segue para sanção do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Apesar da tramitação, entidades como o Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO) e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) se manifestaram contrárias à proposta, apresentada na Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Henrique César (PSC), em 2019.

Até o momento, o governo de Goiás não se manifestou sobre aprovação ou rejeição do projeto, pois a matéria ainda não chegou ao Palácio das Esmeraldas. No entanto, assim que estiver em posse do Executivo, a propositura será avaliada por uma comissão técnica, que recomendará sanção ou veto.

O deputado estadual Henrique César é filiado ao PSC, partido cristão. Além de pastor, o político também se define nas redes sociais como “conservador” e “bolsonarista”. Em publicação no Instagram, o parlamentar informou sobre a aprovação do projeto e pediu opinião dos internautas.

Entre as disposições da proposta, estão a vedação do “uso de ideologia de gêneros, dentro ou fora, da sala de aula; a orientação sexual de cunho ideológico e seus respectivos derivados; a propagação de conteúdo pedagógico que contenha orientação sexual, ou cause ambiguidade na interpretação que possa comprometer, direcionar ou desviar a personalidade natural biológica e a respectiva identidade sexual da criança e do adolescente”.

O projeto ainda prevê penalidades para transgressores desta lei, com multa de até R$ 3 mil para funcionários que não seguirem a lei, caso seja sancionada, na rede privada.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) enviou nesta quinta-feira, 25, um ofício ao governador Ronaldo Caiado sugerindo veto da proposta, pois ela é tida como “inconstitucional”. “O Supremo Tribunal Federal (STF) possui remansosa jurisprudência no sentido de que projetos de lei que prevejam a proibição de ‘ideologia de gênero’ no sistema educacional padece de inconstitucionalidade formal e material”, afirma o órgão em nota encaminhada ao Estadão.

De acordo com a DPE-GO, é “competência privativa da União legislar sobre normas gerais, sobre diretrizes e bases da educação, além de violar a liberdade de ensinar e de aprender, previstas na Constituição Federal”.

Decisão do STF em 2020

Em 2020, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu derrubar uma lei que proibia o ensino de “ideologia de gênero” nas escolas municipais de Novo Gama, em Goiás.

Todos os 11 integrantes do Supremo consideraram que a legislação goiana viola a Constituição. “O reconhecimento da identidade de gênero é, portanto, constitutivo da dignidade humana. O Estado, para garantir o gozo pleno dos direitos humanos, não pode vedar aos estudantes o acesso a conhecimento a respeito de seus direitos de personalidade e de identidade”, escreveu o ministro Edson Fachin, único ministro a divulgar publicamente a íntegra do seu voto até agora.

03-09-2022 às 15:13 Paulo
Além do comentário estúpido e enviesado das mais diversas formas, o "Jorge Jorge" ainda qualifica quem ensina de "professorzinho". Isso só ilustra como desmerece o ensino e o docente... Pelo menos explica a limitação de seus conhecimentos.
27-08-2022 às 08:27 Lucas
A religião é um atraso para q sociedade e esses crentes fanáticos infiltrados na política são um atraso para o Brasil. Só podia mesmo vir de um Pastor bolsonarista. Pessoal, votem no Lula para extirpar, ao menos por hora, esses malditos do Planalto. 13, 13, 13, 13…
26-08-2022 às 21:24 Yorkin24
Affffffff. É sério esse comentário????
26-08-2022 às 13:55 Jorge Jorge
Estão certíssimos. A esquerda quer doutrinar, quando deveria ensinar. Quem educa sexualmente suas crianças e adolescentes são seus responsáveis, não o Estado. O Estado educa em Cuba, na Venezuela, na Nicarágua, na Coreia do Norte, na China. Gente, quem educa seus filhos são os pais, porra, e não o professorzinho dentro da sala de aula, a quem cabe lecionar matemática, português, química, história etc.